Acolhimento familiar em Portugal: resultados, necessidades e desafios para a desistitucionalizaçao
DOI:
https://doi.org/10.7179/PSRI_2023.43.07Palavras-chave:
políticas educativas, direito á educaçao, equidade social, educaçao inclusiva, educaçao do lazerResumo
Colocando os seus principais argumentos nos valores que invocam a equidade e a inclusão social, numa perspetiva histórica, o texto que apresentamos salienta o importante papel que as políticas educativas têm nas conquistas associadas a um futuro melhor para as pessoas e a sociedade. Assim sendo, não é obviada a relevância adquirida pelos seus discursos e práticas –em convergência com aqueles que nomeiam a cooperação e solidariedade, paz, liberdade ou justiça social– nas declarações internacionais, comprometendo suas iniciativas com um duplo desafio: por um lado, garantir o direito à uma educação de qualidade ao longo da vida, expandindo e diversificando as oportunidades educativas, as formas de educar e de ser educado em sociedade; por outro, fortalecer o potencial transformador da educação como um esfoço público e um bem comum, na transina transição cara um provir mais habitável e sustentável, ecológica e socialmente.Imagina-lo e construí-lo requer um novo contrato social para a educação, no qual o lazer –como um direito de terceira geração, que atende necessidades básicas relacionadas com o descanso, a recreação, o desenvolvimento pessoal, o bem-estar ou qualidade de vida– deve conciliar a liberdade com a igualdade, a inclusão com mudanças e processos de transformação tecnológica, social, cultural, etc. para que ninguém fique para trás.
Downloads
Referências
Batalhas, V. (2008). Acolhimento familiar. Práticas e representações das famílias de acolhimento (Dissertação não editada) [Foster Care. Practices and representations of foster families (Dissertation not edited)]. Instituto Superior de Ciências do trabalho e da Empresa, Lisboa.
Beek, M., & Schofield, G. (2004). Providing a secure base in long-term foster care. BAAF.
Bell, T., & Romano, E. (2017). Permanency and safety among children in foster family and kinship care: A scoping review. Trauma, Violence and abuse, 18, 268-286. https://doi.org/10.1177/1524838015611673
Berridge, D. (2001). Foster Families. In P. Foley, J. Roche, & S. Tucker (Edts), Children in society. Contemporary theory, policy and practice (pp.169-176). Palgrave and The Open University.
Cairns, K. (2002). Attachment, trauma and resilience: therapeutic caring for children. BAAF.
Carvalho, J. M. S., Delgado, P., Correia, F., & Alves, S. (2021): Perspetivas de Vida de Crianças e Jovens em Acolhimento Familiar e Residencial [Life Perspectives for Children and Young People in Family and Residential Care]. Sociedad e Infancias, 5(número especial), 133-144.
CNPDPCJ – Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção de Crianças e Jovens (2018). Relatório Anual de Avaliação da Atividade das CPCJ 2019 [Annual CPCJ Activity Assessment Report 2019]. CNPDPCJ.
Coleman, K., & Wu, Q. (2016). Kinship care and service utilization: A review of predisposing, enabling, and need factors. Children and Youth Services Review, 61, 201–210. https://10.1016/j.childyouth.2015.12.014
Courtney, M. E., & Iwaniec, D. (Eds.). (2009). Residential care of children: Comparative perspectives. Oxford University Press.
Delgado, P. (2007). O Acolhimento Familiar de Crianças. Conceitos, práticas e (in)definições. Profedições.
Delgado, P. (2011). O Acolhimento familiar de Crianças. Uma perspetiva ecológica. [Foster Care: na ecological approach]. Profedições.
Delgado, P. (coord), Bertão, A., Timóteo, I., Carvalho, J., Sampaio, R., Sousa, A., et al. (2013). Acolhimento Familiar de Crianças. Evidências do presente, desafios para o futuro. [Foster Care: evidence of the present, challenges for the future]. Porto: Livpsic.
Delgado, P. (Coord.), Sousa, A., Bertão, A., Moreiras, D., Timóteo, I., Oliveira, J., et al. (2016). O contacto no acolhimento familiar. O que pensam as crianças, as famílias e os profissionais. [Contact in Foster Care. What children, families and professionals think] Mais Leitura.
Delgado P., Pinto V. S., Carvalho J. M. S., & Gilligan, R. (2018). Family contact in foster care in Portugal. The views of children in foster care and other key actors. Child & Family Social Work. 1–8. https://doi.org/10.1111/cfs.12586
Del Valle, J., & Bravo, A. (2013). Current trends, figures and challenges in out of home child care: An international comparative analysis. Psychosocial Intervention, 22, 251-257. http://dx.doi.org/10.5093/in2013a28
Diogo, E. (2018). Ser família de Acolhimento de crianças em Portugal.[Being a Foster Care family in Portugal]. Universidade Católica Editora.
Dregan, A., & Gulliford, M. C. (2012). Foster care, residential care and public care placement patterns are associated with adult life trajectories: Population-based cohort study. Social Psychiatry and Psychiatric Epidemiology, 47, 1517-1526.
Eurochild (2020). Growing up in lockdown: Europe’s children in the age of COVID-19. 2020 Eurochild Report. Retrieved January 10, 2022, from https://eurochild.org/uploads/2020/12/2020-Eurochild-Semester-Report.pdf
Figueiredo, P. (2020). Regime de execução do acolhimento familiar. Anotado. [Implementation regime for Foster Care. Noted]. Centro de Estudos Judiciários.
Gersão, E. (2013). A criança, a família e o direito. De onde viemos. Onde estamos. Para onde vamos? [Child, family and Law. Were we came from. Were we are. Where are we going?] Fundação Francisco Manuel dos Santos, 2013.
Gilligan R. (2019a). The family foster care system in Ireland – Advances and Challenges. Child Youth & Services review, 100, 221-228. https://doi.org/10.1016/j.childyouth.2019.02.008 Received 13 October 2018.
Gilligan R. (2019b). The views of children in foster care and other key actors. Child & Family Social Work. 1-8. https://doi.org/10.1111/cfs.12586
Gonçalves, M. (2017). Crescer em famílias de acolhimento: histórias de vida de jovens – adultos. (Dissertação não editada) [Growing up in foster families: life stories of young people – adults (Dissertation not edited)]. Instituto da educação da Universidade do Minho, Braga.
Groark C. J., & McCall R. B. (2011). Implementing changes in institutions to improve young children’s development. Infant Ment Health J, 32, 509-525.
Hill, L., Gilligan, R., & Connelly, G. (2018). How did kinship care emerge as a significant form of placement for children in care? A comparative study of the experience in Ireland and Scotland. Children and Youth Services Review, https://doi.org/10.1016/j.childyouth.2019.06.003
Jedwad, M., Xu, Y., & Shaw, T. V. (2020). Kinship care first? Factors associated with placement moves in out-of-home care. Online advance publication. Children and Youth Services Review. https://doi.org/10.1016/j.childyouth.2020.105104
Instituto da Segurança Social, I. P. (2020). Casa 2019. Relatório de caracterização anual da situação de acolhimento das crianças e jovens [Casa 2019. Annual characterization report on the situation of children and young people in out-of-home care]. Instituto da Segurança Social.
Kelly, G. (2000). Outcome studies of foster care. In G. Kelly e G. Robbie (Edts), Issues in Foster Care (pp.59-84). Jessica Kingsley.
Lee, B. R., Bright, C. L., Svoboda, D. V., Fakunmoju, S., & Barth, R. P. (2011). Outcomes of group care for youth: A review of comparative studies. Research on Social Work Practice, 21, 177-189. https://doi.org/10.1177/1049731510386243
Li, D., Chng, G. S., & Chu, C. M. (2019). Comparing Long-Term Placement Outcomes of Residential and Family Foster Care: A Meta-Analysis. Trauma, Violence, & Abuse, 20(5), 653-664. https://doi.org/10.1177/1524838017726427
Mateos, A., Balsells, M., Molina, M., & Fuentes-Peláez, N. (2012). The Perception Adolescents in Kinship Foster Care Have of their Own Needs. Review of Research and Social Intervention, 38, 25-41.
McPherson, L., Vosz, M., Gatwiri, K., Parmenter, N., Macnamara, N., Mitchell, J., & Tucci, J. (2021). What does research tell us about young people’s participation in decision making in residential care? A systematic scoping review. Children and Youth Services Review, 122. https://doi.org/10.1016/j.childyouth.2020.105899
Miller-Graff, L. E., Howell, K. H., Martinez-Torteya, C., & Grein, K. (2017). Direct and indirect effects of maltreatment and social support on children’s social competence across reporters. Child Psychiatry Human Development, 48, 741-753. https://doi.org/10.1007/s10578-016-0698-4
Moreira, M. (2017). Acolhimento Familiar: Conhecimento e perceções. (Dissertação não editada). [Foster care: Knowledge and perceptions. (Dissertation not edited)]. Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Católica Portuguesa, Porto.
Montserrat, C. (2014). Kinship care in Spain: messages from research. Child & Family Social Work, 19, 367-376, https://doi.org/10.1111/cfs.12028
Opening doors for Europe’s children, & Eurochild (2015). Strengthening families. Ending institutional care. Retrieved October 29, 2019, from https://www.eurochild.org/projects/opening-doors-for-europes-children/
Palacios, J., & Gilligan, R. (2018). Crianças portuguesas maltratadas pelas suas famílias e pelo Estado. [Portuguese children mistreated by their families and the State]. Público 12 de dezembro.
Rodrigues, S., Barbosa-Ducharne, M., & Del Valle, J. (2013). The quality of residential childcare in Portugal and the example of its development in Spain. Papeles del Psicólogo, 34(1), 11-22.
Rodrigues, S. (2018). A qualidade do acolhimento residencial em Portugal: avaliação da adequação dos serviços às necessidades das crianças e jovens institucionalizados. (Tese não editada). [The quality of residential care in Portu-gal: assessment of the adequacy of services to the needs of institutionalized children and young people. (Unedited thesis)]. Faculdade de Psicologia e Ciências da educação da Universidade do Porto.
Santos, B., & Ferreira, S. (2001). A reforma do Estado-Providência entre globalizações conflituantes. In P. Hespanha, & G. carapinheiro (Org.), Risco Social e incerteza. Pode o Estado Social recuar mais? [Social risk and uncertainty. Can the welfare state retreat further? ] (pp. 177-226). Afrontamento.
Smyke, A. T., Zeanah, C. H., Gleason, M. M., Drury, S. S., Fox, N. A., Nelson, C. A., & Guthrie, D. (2012). A randomized controlled trial comparing foster care and institutional care for children with signs of reactive attachment disorder. American Journal of Psychiatry, 169, 508-514.
Van Ijzendoorn, M. H., Luijk, M. P., & Juffer, F. (2008). IQ of children growing up in children’s homes: A meta-analysis on IQ delays in orphanages. Merrill-Palmer Quarterly, 54, 341-366.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Secção
Licença

Este trabalho encontra-se publicado com a Licença Internacional Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0.
Derechos de reproducción y archivo
La versión publicada de los artículos podrá ser autoarchivada por sus autores en repositorios institucionales y temáticos de acceso abierto. No obstante la reutilización total o parcial de los mismos en nuevos trabajos o publicaciones deberá ser autorizada por Pedagogía Social. Revista Interuniversitaria.
Los trabajos publicados deberán ser citados incluyendo el título de la Revista, Pedagogía Social. Revista Interuniversitaria, nº, páginas y año de publicación.
Responsabilidades éticas
Pedagogía Social. Revista Interuniversitaria no acepta material publicado anteriormente en otros documentos. Los/as autores/as son responsables de obtener los permisos oportunos para reproducir parcialmente material de otras publicaciones y citar correctamente su procedencia. Estos permisos deben solicitarse tanto al autor/a como a la editorial que ha publicado dicho material.
Es obligación de Pedagogía Social. Revista Interuniversitaria detectar y denunciar prácticas fraudulentas.
En la lista de autores/as firmantes deben figurar únicamente aquellas personas que han contribuido intelectualmente al desarrollo del trabajo.
La revista espera que los/as autores/as declaren cualquier asociación comercial que pueda suponer un conflicto de intereses en conexión con el artículo remitido.
Los autores deben mencionar en el manuscrito, preferentemente en el apartado del método, que los procedimientos utilizados en los muestreos y controles han sido realizados tras la obtención de consentimiento informado.
La revista no utilizará ninguno de los trabajos recibidos con otro fin que no sea el de los objetivos descritos en estas normas.
Aviso de derechos de autor/a
© Pedagogía Social. Revista Interuniversitaria. Los originales publicados en las ediciones impresa y electrónica de esta Revista son propiedad del Pedagogía Social. Revista Interuniversitaria, siendo necesario citar la procedencia en cualquier reproducción parcial o total.
Salvo indicación contraria, todos los contenidos de la edición electrónica se distribuyen bajo una licencia de uso y distribución “Creative Commons Reconocimiento-No Comercial 3.0 España” (CC-by-nc). Puede consultar desde aquí la versión informativa y el texto legal de la licencia. Esta circunstancia ha de hacerse constar expresamente de esta forma cuando sea necesario.


