A integração de jovens estrangeiros na Catalunha

Resumo

O objetivo deste artigo é analisar a percepção dos meninos e meninas sobre o processo de inserção socioeducativa dos jovens de origem estrangeira na Catalunha, especificamente, os jovens entre 14 e 18 anos. Desenvolveu-se um estudo usando o “questionário da coesão social entre os jovens” (adaptado de Palou , 2010). Participaram 52 escolas da Catalunha, constituindo uma amostra de 3.830 jovens. Dada a natureza das variáveis realizou-se testes de qui-quadrado e provas de contraste não paramétrico. Os resultados obtidos apostam por um conceito de integração baseada em quatro dimensões: estrutural, cognitivo-cultural, social e de identidade. Na dimensão estrutural o tempo de permanência joga em favor de uma concepção mais aberta do aspecto normativo da integração. Em relação a dimensão cognitiva e cultural, se obtém que o uso do castelhano como língua comum em todos os contextos é maioritário, embora o conhecimento da língua catalã seja geral e os casos de bilinguismo e do multilinguismo são habituais. Também se salienta que a maioria está envolvida em actividades culturais; embora somente um terço exerça atividades no bairro. Na dimensão social da integração, não há diferença entre jovens estrangeiros e autoctonos. No entanto, a juventude nativa está mais envolvida em atividades de sala de aula e da escola, incluindo as de uma certa responsabilidade e os jovens de origem estrangeira, nas atividades do bairro. Finalmente, na dimensão da identidade, destacam-se dados que revelam que apenas 16% sentem-se de seu país de origem. Quanto mais tempo os jovens estrangeiros  vivem no país de acolhimento, elementos do país de origem como as normas e condutas, a forma de ser das pessoas, a comida , a roupa e a música, perdem a importância em favor dos elementos típico do país anfitrião. Em vez disso, elementos como a religião, festas populares, a arte e a tendência a formar casais são elementos de identidade mais estáveis