Conhecimento tradicional e produção de materiais didáticos para o fortalecimento das línguas indígenas em mato grosso (brasil)
DOI:
https://doi.org/10.7179/PSRI_2021.39.04Palavras-chave:
Educação Indígena, Materiais didáticos, Saberes tradicionaisResumo
Desde 1996, a legislação brasileira estabelece a existência da educação indígena como modalidade específica no sistema educacional nacional. Nas aldeias indígenas, as escolas funcionam em diferentes situações e são organizadas para proporcionar à criança e aos jovens uma escolaridade formal. Professores indígenas, formados por universidades em cursos específicos, trabalham nessas escolas. As comunidades indígenas estão em diferentes situações em relação ao uso da língua originária e do português. Isso gera demandas específicas para cada grupo ou etnia. Um projeto de pesquisa colaborativa desenvolvido pela Rede UFMT/UNEMAT, com recursos do Governo Federal, no estado de Mato Grosso estabeleceu o objetivo de produzir materiais didáticos para o ensino da língua originária, que em alguns casos está em processo de extinção. O artigo apresenta resultados da pesquisa colaborativa desenvolvida com os povos Terena, Kayapó, Munduruku, Apiaká e Kayabi, cujos procedimentos incluíram processos formativos e ações didáticas nas escolas, coletando informações a serem utilizadas na produção de materiais para o ensino das línguas originárias. Conclui com análises sobre a importância da pesquisa para o desenvolvimento social dessas comunidades e a preservação de sua língua, apontando os desafios que a Universidade enfrenta na realização desses projetos.
Downloads
Referências
Bakhtin, M. (2000). Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes.
Brandão, C. R. (2013). O que é Educação. São Paulo: Brasiliense.
Brandão, C. R. (1985). A Educação como Cultura. São Paulo: Brasiliense.
Clavet, L. (2002). Sociolinguística: uma introdução crítica. Trad. Marcionilo, M. São Paulo: Parábola Editorial.
Ferreira, M.S., & Ibiapina. I. M. L. M. (2011). A pesquisa colaborativa como espaço formativo. In: Magalhães, M. C. C.; Fidalgo. S. S. Questões de método e de linguagem na formação docente. São Paulo: Mercado das Letras,
Ferreira, W. A. A, Cruz, M. C., & Zitkoski, J. J. (2019). Mulheres Kaiwawete e Namabikwara: guardiãs da língua materna. In Ferreira, W. A. A, Grando, B. S, Pereira, L. C. P. e Cunha, T. Epistemologias do Sul: Mulheres & Identidades. Curitiba: CRV.
Ferreira, WA de A., Zoia, A., & Grando, BS (2020). Aprendizagem do saber indígena na escola: desafios para a formação de professores indígenas. Education Policy Analysis Archives, 28, 165. https://doi.org/10.14507/epaa.28.4790
Freire, P. (2001). Educação como prática da liberdade. 25 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra.
Freire, P. (2015). Pedagogia do Oprimido. 59ª. ed. Rio de Janeiro: Paz & Terra.
Garcia, T. B.; Schmidt, M.A. (2011). Recriando Histórias a partir do olhar das crianças. Ijui, RS: UNIJUI.
Ibiapina, I. M. L. de M. (2008). Pesquisa Colaborativa: investigação, formação e produção de conhecimentos. Brasília: Líber Livro.
Krenak, A. (1992). Antes o tempo não existia. Adauto Novaes (org.). Tempo e história. São Paulo: Companhia das Letras, pp. 201-204.
Labot, W. (2008). Padrões Sociolinguísticos. São Paulo: Parábola.
Luciano, G. J. dos S. (2006). O índio brasileiro: o que você precisa saber sobre os povos indígenas no Brasil de hoje. Brasília-DF: MEC – Ministério da Educação.
Luciano, G. J. dos S. (2017). Língua, educação e interculturalidade na perspectiva indígena. Saberes e Identidades: Povos, Culturas e Educações. Revista de Educação Pública. Cuiabá. v. 26, n. 62/1, p. 295-310, maio/ago.
Nascimento, R. do, & Zoia, A. (2018). A relação das crianças Munduruku e a escola. In: Moreira, Jairo Barbosa. Lendo os Brasis: estudos sobre as práticas de leitura, Goiânia: Edições Ricochete.
Paula, E. D. de. (2018). O ensino de línguas nas escolas indígenas. In Braggio, S. L. B. Estudos e Línguas e Educação Indígena. Campinas, SP: Pontes Editores.
Reis, J. C. (2009). História, a ciência dos homens no tempo. Londrina: EDUEL.
Snyders, G. (1988). Alegria na Escola. São Paulo: Manole.
Soares, M. (1998). Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte: Autêntica Editora,
Soares, M. (2004). Letramento e alfabetização: as muitas facetas. Revista Brasileira de Educação. 25, 5-17. https://www.scielo.br/pdf/rbedu/n25/n25a01.pdf
Walsh, C. (2009). Interculturalidade crítica e pedagogia decolonial: in-surgir, re-existir e re-viver. In. Candau, V. M. (Org.) Educação Intercultural na América Latina: entre concepções, tensões e propostas. Rio de Janeiro: 7 Letras.
Zoia, A. (2009). A comunidade indígena Terena do Norte de Mato Grosso: infância, identidade e educação. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Federal de Goiás.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Secção
Licença
Direitos de Autor (c) 2021 Pedagogía Social. Revista Interuniversitaria

Este trabalho encontra-se publicado com a Licença Internacional Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0.
Derechos de reproducción y archivo
La versión publicada de los artículos podrá ser autoarchivada por sus autores en repositorios institucionales y temáticos de acceso abierto. No obstante la reutilización total o parcial de los mismos en nuevos trabajos o publicaciones deberá ser autorizada por Pedagogía Social. Revista Interuniversitaria.
Los trabajos publicados deberán ser citados incluyendo el título de la Revista, Pedagogía Social. Revista Interuniversitaria, nº, páginas y año de publicación.
Responsabilidades éticas
Pedagogía Social. Revista Interuniversitaria no acepta material publicado anteriormente en otros documentos. Los/as autores/as son responsables de obtener los permisos oportunos para reproducir parcialmente material de otras publicaciones y citar correctamente su procedencia. Estos permisos deben solicitarse tanto al autor/a como a la editorial que ha publicado dicho material.
Es obligación de Pedagogía Social. Revista Interuniversitaria detectar y denunciar prácticas fraudulentas.
En la lista de autores/as firmantes deben figurar únicamente aquellas personas que han contribuido intelectualmente al desarrollo del trabajo.
La revista espera que los/as autores/as declaren cualquier asociación comercial que pueda suponer un conflicto de intereses en conexión con el artículo remitido.
Los autores deben mencionar en el manuscrito, preferentemente en el apartado del método, que los procedimientos utilizados en los muestreos y controles han sido realizados tras la obtención de consentimiento informado.
La revista no utilizará ninguno de los trabajos recibidos con otro fin que no sea el de los objetivos descritos en estas normas.
Aviso de derechos de autor/a
© Pedagogía Social. Revista Interuniversitaria. Los originales publicados en las ediciones impresa y electrónica de esta Revista son propiedad del Pedagogía Social. Revista Interuniversitaria, siendo necesario citar la procedencia en cualquier reproducción parcial o total.
Salvo indicación contraria, todos los contenidos de la edición electrónica se distribuyen bajo una licencia de uso y distribución “Creative Commons Reconocimiento-No Comercial 3.0 España” (CC-by-nc). Puede consultar desde aquí la versión informativa y el texto legal de la licencia. Esta circunstancia ha de hacerse constar expresamente de esta forma cuando sea necesario.


