Percepções sobre a preparação para a transição à vida adulta o caso de adolescentes e jovens colombianos e argentinos
DOI:
https://doi.org/10.7179/PSRI_2022.40.05Palavras-chave:
Adolescentes, Jovens, Preparação para a vida adulta, AutonomiaResumo
O objetivo deste artigo é descrever as percepções de adolescentes e jovens que estão ou estiveram em processos de proteção, sobre as ferramentas que os sistemas de proteção lhes forneceram para a sua transição à vida adulta. Deste estudo transversal com escopo descritivo correlacional participou um grupo de 276 adolescentes e jovens com idades entre 16 e 21 anos (M = 19,01; DP = 1,475), selecionados por amostragem de conveniência. Para a coleta de informação, foi utilizada uma adaptação dos questionários EVAP e, para a análise dos dados, foram calculados descritivos e realizadas comparações entre grupos e diferenças entre proporções. Os resultados mostram como os adolescentes e os jovens avaliaram de forma positiva as ferramentas adquiridas nos processos de proteção. O grupo de argentinos valorizou, principalmente, as estratégias relacionadas com conseguir e manter o trabalho, e os colombianos valorizaram de forma especial hábitos diários, poupança, gestão de documentos, cuidado do corpo e da saúde, e manutenção das relações de amizade. Finalmente, vale ressaltar que os jovens que se encontram em processos de proteção realizam melhores avaliações do que os egressos do sistema. Os elementos analisados sugerem a importância de ter, nos sistemas de proteção, espaços de retroalimentação em que possam ser ouvidas as vozes dos egressos, bem como espaços de troca de experiências entre os que ainda estão vinculados e os egressos. Isso permitiria destacar o valor que podem ter as estratégias de trabalho realizadas dentro dos sistemas de proteção ou promover o surgimento de ideias inovadoras nas vozes dos jovens.
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