Como desenvolver a estrutura IMRaD em artigo original
DOI:
https://doi.org/10.47197/retos.v49.99139Palavras-chave:
pesquisa científica, comunicação científica, artigo original, estrutura IMRaDResumo
O presente artigo tem como objetivo inventariar a estrutura IMRaD para a elaboração de artigos originais. Trata-se de um estudo direcionado à natureza didática da operacionalização da exposição de resultados de pesquisas na forma de artigo original. O resultado do presente estudo está exposto em uma estrutura de quatro partes. Na primeira parte é destacada a distinção entre o método de pesquisa e o de exposição, e, subsequentemente, é apresentado o modo para transposição de elementos da pesquisa para a exposição. Na segunda, são elucidadas as seções de um artigo original elaborado com base na estrutura IMRaD, e, sequencialmente, explicitadas a operacionalização das seções e a realização da referida modelagem. Na terceira parte é ilustrado o modelo IMRaD e a sua estrutura em seções, e, concomitantemente, apresentadas as possibilidades para modelagem de um artigo científico. Na quarta parte são apresentadas sugestões para a redação de um artigo original. Conclui-se que a ampla adesão à estrutura IMRaD se dá tanto pela simplicidade e forma lógica da exposição dos resultados de pesquisa quanto por se constituir em uma leitura mais palatável, resultante da padronização dos manuscritos.
Palavras-chaves: pesquisa científica, comunicação científica, artigo original, estrutura IMRaD.
Referências
Ahmed, I., & Afzal, M. T. (2020). A Systematic Approach to Map the Research Articles’ Sections to IMRAD. IEEE Access, 8, 129359-129371. https://doi.org/10.1109/ACCESS.2020.3009021
Al-Shujairi, Y. B. (2021). Review of the Discussion Section of Research Articles: Rhetorical Structure and Move. LSP International Journal, 8(2), 9-25. https://doi.org/10.11113/lspi.v8.17099
Alves, R. (2012). Concerto para corpo e alma (17 ed.). Papirus.
Appolinário, F. (2004). Dicionário de metodologia científica: um guia para a produção do conhecimento científico. Atlas.
Ayers, G. (2008). The evolutionary nature of genre: An investigation of the short texts accompanying research articles in the scientific journal Nature. English for Specific Purposes, 27(1), 22-41. https://doi.org/https://doi.org/10.1016/j.esp.2007.06.002
Bavdekar, S. B. (2016). Formulating the Right Title for a Research Article. J Assoc Physicians India, 64(2), 53-56. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/27730781/
Branson, R. D. (2004). Anatomy of a Research Paper. Respiratory Care, 49(10), 1222-1228. https://rc.rcjournal.com/content/respcare/49/10/1222.full.pdf
Castiel, L. D. e. S.-V., Javier. (2007). Entre fetichismo e sobrevivência: o artigo científico é uma mercadoria acadêmica? Cadernos de Saúde Pública, 23(12), 3041-3050. https://doi.org/https://doi.org/10.1590/S0102-311X2007001200026
Cömert, A., & Al-Beyati, E. S. M. (2019). Writing the Discussion Section for Original Research Articles. In A Guide to the Scientific Career (pp. 523-526). https://doi.org/https://doi.org/10.1002/9781118907283.ch57
Committee on Publication Ethics Council (COPE). (2019). COPE discussion document: authorship (COPE, Ed.). Committee on Publication Ethics. https://publicationethics.org/files/COPE_DD_A4_Authorship_SEPT19_SCREEN_AW.pdf
Day, R. A. (2001). Como escrever e publicar um artigo científico (5 ed.). Livraria Santos Editora.
Deheinzelin, D. (2012). Introdução ou por que os seus dados são importantes. Revista da Associação Médica Brasileira, 58(1), 1. https://doi.org/https://doi.org/10.1590/S0104-42302012000100001
Digiusto, E. (1994). Equity in authorship: A strategy for assigning credit when publishing. Social Science & Medicine, 38(1), 55-58. https://doi.org/https://doi.org/10.1016/0277-9536(94)90299-2
Dixon, J. (1987). The question of genres. In I. Reid (Ed.), The place of genre in learning: Current debates (pp. 9-21). Deakin University.
Dudley-Evans, T. (1994). Genre analysis: An approach to text analysis for ESP. In M. COULTHARD (Ed.), Advances in written text analysis (pp. 219-228). Routledge.
Dudley-Evans, T. (1997). Genre models for the teaching of academic writing to second language speakers: Advantages and disadvantages. In T. MILLER (Ed.), Functional approaches to written text: Classroom applications (pp. 150-159). United States Information Agency.
Ferrater, J. (1994). Diccionario de Filosofía de Bolsillo (1ª ed. 8ª reimpresión). Alianza.
Garcia, D. C. F., Gattaz, Cristiane Chaves e Gattaz, Nilce Chaves. (2019). A Relevância do Título, do Resumo e de Palavras-chave para a Escrita de Artigos Científicos. Revista de Administração Contemporânea, 23(3), 1-9. https://doi.org/10.1590/1982-7849rac2019190178
González-Alcaide, G., Park, J., Huamaní, C., & Ramos, J. M. (2017). Dominance and leadership in research activities: Collaboration between countries of differing human development is reflected through authorship order and designation as corresponding authors in scientific publications. PLoS ONE, 12(8), e0182513. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0182513
Graetz, N. (1982). Teaching EFL students to extract structural information from abstracts. International Symposium on Language for Special Purposes, Eindhoven.
Gutierrez, G. L. (2005). Alianças e grupos de referência na produção de conhecimento: novos desafios para a pesquisa em ciências humanas. Autores Associados.
Hartley, J. (1999). From Structured Abstracts to Structured Articles: A Modest Proposal. Journal of Technical Writing and Communication, 29(3), 255-270. https://doi.org/10.2190/3rww-a579-hc8w-6866
Hartley, J. (2003). Improving the Clarity of Journal Abstracts in Psychology:The Case for Structure. Science Communication, 24(3), 366-379. https://doi.org/10.1177/1075547002250301
Hartley, J. (2012). New ways of making academic articles easier to read. International. International Journal of Clinical and Health Psychology, 12(1), 143-160. https://www.redalyc.org/pdf/337/33723038010.pdf
Hyonsurk, K. (2022). How Honorable Are Honorary Authors? J Wound Manag Res, 18(2), 73-75. https://doi.org/10.22467/jwmr.2022.02054
International Committee of Medical Journal Editors (ICMJE). (2014). Recommendations for the conduct, reporting, editing, and publication of scholarly work. ICMJE.org https://www.icmje.org/recommendations/translations/portugese2014.pdf
Kovacs, J. (2013). Honorary authorship epidemic in scholarly publications? How the current use of citation-based evaluative metrics make (pseudo)honorary authors from honest contributors of every multi-author article. Journal of Medical Ethics, 39(8), 509-512. https://doi.org/10.1136/medethics-2012-100568
Kurniawan, E., & Lubis, A. H. (2020). A comparative move analysis on the qualitative and quantitative findings and discussion sections written by EFL undergraduate students. The Asian ESP Journal, 16(6.1), 137-162. https://www.asian-esp-journal.com/volume-16-issue-6-1-december-2020/
Mack, C. (2012). How to write a good scientific paper: title, abstract, and keywords. Journal of Micro/Nanolithography, MEMS, and MOEMS, 11(2), 020101. https://doi.org/https://doi.org/10.1117/1.JMM.11.2.020101
Marx, K. (1983). O capital: crítica da economia política (Vol. 1). Abril Cultural.
Medeiros, J. B., & Tomasi, C. (2021). Redação de artigos científicos. Grupo GEN.
Miranda, R., & Garcia-Carpintero, E. (2019). Comparison of the share of documents and citations from different quartile journals in 25 research areas. Scientometrics, 121(1), 479-501. https://doi.org/10.1007/s11192-019-03210-z
Mujica Johnson, F. N., & Concha López, R. F. (2022). Producción epistemológica en Educación Física. Contribución de la dialéctica platónica. Retos, 46, 53–59. https://doi.org/10.47197/retos.v46.93503
Oriokot, L., Buwembo, W., Munabi, I. G., & Kijjambu, S. C. (2011). The introduction, methods, results and discussion (IMRAD) structure: a Survey of its use in different authoring partnerships in a students' journal. BMC Research Notes, 4(1), 250. https://doi.org/10.1186/1756-0500-4-250
Peacock, M. (2002). Communicative moves in the discussion section of research articles. System, 30(4), 479-497. https://doi.org/https://doi.org/10.1016/S0346-251X(02)00050-7
Pereira, M. G. (2013). A seção de resultados de um artigo científico. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 22, 353-354. https://doi.org/10.5123/S1679-49742013000200017
Riitters, K. (2011). Creativity abhors prescription. Landscape Ecology, 26(10), 1359-1359. https://doi.org/10.1007/s10980-011-9673-4
Salager-Meyer, F. (1990). Discoursal flaws in Medical English abstracts: A genre analysis per research- and text-type. Text - Interdisciplinary Journal for the Study of Discourse, 10(4), 365-384. https://doi.org/doi:10.1515/text.1.1990.10.4.365
Silva, A. P. A. C. d., & Vanz, S. A. d. S. (2022). Autoria, ordem de autoria e contribuição de autor: uma revisão de literatura. RDBCI: Revista Digital de Biblioteconomia e Ciência da Informação, 20(00), e022028. https://doi.org/10.20396/rdbci.v20i00.8669142
Sollaci, L. B., & Pereira, M. G. (2004). The introduction, methods, results, and discussion (IMRAD) structure: a fifty-year survey. J Med Libr Assoc, 92(3), 364-367. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC442179/
Swales, J. M. (1990). Genre analysis: English in academic and research settings. . Cambridge University Press.
Thi, T. P., Tran, T., Nguyen, T.-T., Thi, T., & Nguyen, N. (2020). Comparative Analysis of National and International Educational Science Articles in Vietnam: Evidence from the Introduction, Methods, Results, and Discussion Structure. European Journal of Educational Research, 9(3), 1367-1376. https://doi.org/10.12973/eu-jer.9.3.1367
Thompson, D. K. (1993). Arguing for Experimental “Facts” in Science:A Study of Research Article Results Sections in Biochemistry. Written Communication, 10(1), 106-128. https://doi.org/10.1177/0741088393010001004
Wu, J. (2011). Improving the writing of research papers: IMRAD and beyond. Landscape Ecology, 26(10), 1345-1349. https://doi.org/10.1007/s10980-011-9674-3
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Secção
Licença
Direitos de Autor (c) 2023 Retos
Este trabalho encontra-se publicado com a Licença Internacional Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e assegurar a revista o direito de ser a primeira publicação da obra como licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite que outros para compartilhar o trabalho com o crédito de autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Os autores podem estabelecer acordos adicionais separados para a distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicado na revista (por exemplo, a um repositório institucional, ou publicá-lo em um livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- É permitido e os autores são incentivados a divulgar o seu trabalho por via electrónica (por exemplo, em repositórios institucionais ou no seu próprio site), antes e durante o processo de envio, pois pode gerar alterações produtivas, bem como a uma intimação mais Cedo e mais do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre) (em Inglês).
Esta revista é a "política de acesso aberto" de Boai (1), apoiando os direitos dos usuários de "ler, baixar, copiar, distribuir, imprimir, pesquisar, ou link para os textos completos dos artigos". (1) http://legacy.earlham.edu/~peters/fos/boaifaq.htm#openaccess