Níveis de atividade física em crianças portuguesas: o impacto da pandemia de Covid-19

Autores

  • Cristiana Mercê Departamento de Exercício e Saúde, Escola Superior de Desporto de Rio Maior, Instituto Politécnico de Santarém, Avenida Doutor Mário Soares nº110, 2040-413 Rio Maior, Portugal; Centro Interdisciplinar de Estudo da Performance Humana, CIPER, Faculdade do Motricidade Humana, Universidade de Lisboa, Cruz-Quebrada, Portugal https://orcid.org/0000-0001-5146-6597
  • Jéssica Cordeiro Departamento de Exercício e Saúde, Escola Superior de Desporto de Rio Maior, Instituto Politécnico de Santarém, Avenida Doutor Mário Soares nº110, 2040-413 Rio Maior, Portugal https://orcid.org/0000-0002-8574-2550
  • Catarina Romão Departamento de Exercício e Saúde, Escola Superior de Desporto de Rio Maior, Instituto Politécnico de Santarém, Avenida Doutor Mário Soares nº110, 2040-413 Rio Maior, Portugal https://orcid.org/0000-0002-9782-1133
  • Marco Branco Departamento de Exercício e Saúde, Escola Superior de Desporto de Rio Maior, Instituto Politécnico de Santarém, Avenida Doutor Mário Soares nº110, 2040-413 Rio Maior, Portugal; Centro Interdisciplinar de Estudo da Performance Humana, CIPER, Faculdade do Motricidade Humana, Universidade de Lisboa, Cruz-Quebrada, Portugal https://orcid.org/0000-0001-5238-1069
  • David Catela Departamento de Exercício e Saúde, Escola Superior de Desporto de Rio Maior, Instituto Politécnico de Santarém, Avenida Doutor Mário Soares nº110, 2040-413 Rio Maior, Portugal https://orcid.org/0000-0003-0759-8343

DOI:

https://doi.org/10.47197/retos.v47.94936

Palavras-chave:

Crianças, Atividade Física, COVID-19, Portugal

Resumo

As crianças portuguesas passam cerca de oito horas/dia em comportamentos sedentários, apresentando apenas uma hora em jogo ativo. Esta taxa de inatividade é de cerca de 84%. Os níveis mais baixos de atividade física (AF) desencadeiam diversos problemas de saúde nas crianças e, posteriormente, na idade adulta. Com o aparecimento da pandemia de COVID-19 e, consequentemente, aumento de tarefas confinadas como o ensino a distância, verificou-se a diminuição da AF e aumento dos comportamentos sedentários e de tela em crianças. Os objetivos são: i) verificar os níveis de AP; ii) comparar os níveis de AF entre os gêneros, antes e durante a pandemia. O questionário “Cuestinário Pictórico de la Actividad Físca Infantil” foi traduzido e aplicado em Portugal, através da plataforma Google Forms, tendo sido respondido por 61 crianças com idade média de 12,0±3,1 anos. Antes da pandemia, crianças do sexo masculino praticavam mais AF. Durante a pandemia, verificou-se uma diminuição da prática em ambos os sexos. Os níveis de AF se estabeleceram entre “Pouco ativo” e “Nada ativo”, não verificando diferenças entre os sexos. A idade da criança afetou positivamente a AF formal em academias e clubes e, negativamente, a prática informal. Verificou-se que níveis mais baixos de AF estão associados a valores mais elevados de peso. Os níveis de AF das crianças portuguesas estão bem abaixo do recomendado, situação que se agravou durante a pandemia. Para combater a inatividade e o excesso de peso na infância, é necessário desenvolver medidas de promoção precoce da AF principalmente em situações de pandemia e/ou confinamento, em que a AF atinge níveis ainda mais baixos.
Palavras-chave: Crianças, Atividade Física, COVID-19, Portugal.

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Publicado

2023-01-02

Como Citar

Mercê, C., Cordeiro, J., Romão, C., Branco, M., & Catela, D. (2023). Níveis de atividade física em crianças portuguesas: o impacto da pandemia de Covid-19. Retos, 47, 174–180. https://doi.org/10.47197/retos.v47.94936

Edição

Vol. 47 (2023)

Secção

Artigos de caráter científico: trabalhos de pesquisas básicas e/ou aplicadas.

Licença

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