Perfil da composição corporal dos alunos da Escola Nacional de Circo do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.47197/retos.v52.101121Palavras-chave:
artes escénicas, masa corporal, antropometría, preparación físicaResumo
Exposição do problema. A formação profissional em circo tem vindo a aumentar em todo o mundo, colocando os programas de formação no centro do debate circense. Mirar. Em relação às demandas físicas dos alunos de circo, esta pesquisa descreve a composição corporal dos alunos da Escola Nacional de Circo do Brasil. Método. A análise de dobras cutâneas foi utilizada para estimar a gordura corporal (%), massa livre de gordura (kg) e índice de massa corporal (kg/m-2) em 57 estudantes (n= 30 homens, n= 27 mulheres). Resultados. Os homens apresentaram maior peso corporal, estatura, massa magra (homens 67,2 ± 7,0 kg e 45,7 ± 4,7 kg e mulheres), índice de massa corporal (homens 24,1 ± 1,6 kg/m2 e mulheres 21,4 ± 2,0 kg/m2) e menor gordura (% ) em comparação com as mulheres (homens 7,2 ± 3,7% e mulheres 16,3 ± 3,7). A reavaliação não mostrou diferenças na composição corporal para ambos os sexos, observou-se grande heterogeneidade de respostas interindividuais (-3,9 a 4,0 para mulheres; -1,5 a 6,5 homens). Conclusões. Os índices de gordura corporal e de massa corporal são semelhantes aos de atletas de alto rendimento. Não foram observadas diferenças entre as avaliações. A resposta interindividual ao treinamento não mostrou efeito sobre a gordura corporal. No entanto, as respostas de heterogeneidade interindividual sugerem ajustes no protocolo de aptidão para otimizar as respostas individualmente. Os protocolos de 7 ou 3 dobras cutâneas apresentaram resultados semelhantes. A composição corporal dos alunos de circo precisa levar em consideração as disciplinas circenses, a idade e a diversidade biológica, sendo um aspecto fundamental para monitorar o treinamento para evitar situações inseguras ou estados insalubres.
Palavras-chave: artes cênicas; antropometria; massa corporal; preparação fisica.
Referências
ACE. (n.d.) What are the guidelines for percentage of body fat loss? Ask the Expert. Available at: https://www.acefitness.org/resources/everyone/blog/112/what-are-the-guidelines-for-percentage-of-body-fat-loss/
Barreto, M., Duprat, R. M., & Bortoleto, M. A. C. (2021). From north to south: mapping circus training in Brazil. Urdimento: Revista De Estudos Em Artes Cênicas, 3(42), 1–32. https://doi.org/10.5965/1414573103422021e0210
Bland, J. M., & Altman D. G. (1986). Statistical methods for assessing agreement between two methods of clinical measurement. Lancet, 1, 307–10. DOI: 10.1016/S0140-6736(86)90837-8
Bolling, C., Mellette J., Pasman, H. R., van Mechelen, W, & Verhagen, E. (2019). From the safety net to the injury prevention web: applying systems thinking to unravel injury prevention challenges and opportunities in Cirque du Soleil. BMJ Open Sport & Exercise Medicine, 5. e000492. DOI: 10.1136/bmjsem-2018-000492
Bompa, T., & Haff, G. G. (2009). Periodization Methodology of Training. Leeds: Human Kinetics, 5th ed.
Bortoleto, M. A., Ontañón, T. B., & Silva, E. (2016). Circo: Horizontes Educativos. Campinas: Autores Associados.
Decker, A. (2020). Longitudinal Assessment of Physical, Physiological and Psychological. Characteristics of Elite Circus Stu-dent-Artists (Unpublished Doctoral Dissertation). Winnipeg: University of Manitoba. http://hdl.handle.net/1993/34784
Demey, S., & Wellington, J. (2010). Theory, Guidance and Good practice for Training. In: European Federation of Profession-al Circus Schools (FEDEC). RESOURCES Program. Available at: http://www.fedec.eu/en/articles/417-new-edition-of-chapter-1-theory-guidance-and-good-practice-for-training-2010
Deutz, R. C., Benardot, D., Martin, D. E., & Cody, M. M. (2000). Relationship between energy deficits and body composition in elite female gymnasts and runners. Medical Sciences Sports Exercise, 32(3), 659-68. DOI: 10.1097/00005768-200003000-00017
Dos Santos, C. A. (2017). Fascínio Circense. Arte e Pedagogia na Escola Nacional de Circo. São João Del Rei: Ed. Rona.
Ferreira João A., & Fernandes Filho J. (2015). Somatotype and body composition of elite Brazilian gymnasts. Science of Gymnastics Journal, 7:45–53. Available at: http://www.fsp.uni-lj.si./mma_bin.php?id=20150607175535
FUNARTE (2020). National Circus School Curriculum. Available at: https://www.funarte.gov.br/escola-nacional-de-circo-2/
Gomes, A. C., Landers, G. J., Binnie, M. J., Goods, P. S. R., Fulton, S. K., & Ackland, T. R. (2020). Body composi-tion assessment in athletes: Comparison of a novel ultrasound technique to traditional skinfold measures and crite-rion DXA measure. Journal of Science and Medicine in Sport, 23(11), 1006-1010. DOI: 10.1016/j.jsams.2020.03.014
Goudard, P., & Chardon, C. (2010). Les arts du cirque, les guides santé au travail. Montpellier: Centre Médical de la Bourse.
Hakim, H., Puel, P., Forestier, N., & Bertucci, W. (2018). Circus Student-Artists Anthropometric characterization: preliminary study. J Phy Hea Spt Med. 1: 16-22, pp.16-22. DOI: 10.36811/jphsm.2019.110002
Hopkins, W. G., Hawley, J. A., & Burke, L. M. (1999). Design and analysis of research on sport performance en-hancement. Medicine Science Sports Exercise, 31 (3), 472-485. DOI: 10.1097/00005768-199903000-00018
Hotier, H. (2001). La fonction educative du cirque. Paris: L' Harmattan.
Irvine, S, Redding, E, & Rafferty, S. (2011). Dance Fitness. International Association for Dance Medicine and Science. Available at: https://iadms.org/media/5777/iadms-resource-paper-dance-fitness.pdf
Jackson, A., & Pollock, M. (1978). Generalized equation for predicting body density of men. British Journal of Nutri-tion, 40(3), 497-504. DOI: 10.1079/bjn19780152
Jackson, A., Pollock, M., & Ward, A. (1980). Generalized equation for predicting body density of women. Medicine and Science in Sports and Exercise, 12(3), 175-182. DOI: 10.1249/00005768-198023000-00009
Leroux, L. P., & Batson, C. R. (2016). Cirque Global - Quebec's Expanding Circus Boundaries. Montreal: McGill Press.
Mihajlović, B., & Mijatov, S. (2003). Body composition analysis in ballet dancers. Medicinski pregled, 56, 579-83. DOI: 10.2298/MPNS0312579M
Ontañón, T. B., Duprat, R. M., & Bortoleto, M. A. (2012). Educação Física e atividades circenses: “O estado da arte”. Movimento, 2, 149-168. DOI: 10.22456/1982-8918.22960
Petroski, E. L. (2007). Antropometria: técnicas e padronizações. 3. ed. Blumenau: Nova Letra.
Petroski, E. L., Pires-Neto, C. S., & Glaner, M. F. (2010). Biométrica. Jundiaí: Fontoura.
Pinto Guedes, D., César Franzini, P., Pires Júnior, R., & Moya Morales, J. M. (2017). Anthropometry and Physical Fitness of Latin American Adolescents. Retos, 31, 264–270. https://doi.org/10.47197/retos.v0i31.53501
Prior, R., Maxwell, I., Szabó, M., & Seton, M. (2015). Responsible care in actor training: effective support for occu-pational health training in drama schools. Theatre, Dance and Performance Training, 6:1, 59-71. DOI: 10.1080/19443927.2014.993568
Ramirez, G. M. (2005) L’entrâinement acrobatique au sein du Cirque: de l’infant à l’artiste – manuel pratique. Paris: L’Harmattan.
Sands, W. A., Slater, C., Mcneal, J. R., Murray, S. R., & Stone, M. H. (2012). Historical trends in the size of US Olympic female artistic gymnasts. International Journal of Sport Physiology, 7:350–356. DOI: 10.1123/ijspp.7.4.350
Shrier, I., Willem, H., Meeuwisse, J., Gordon, A., Wingfield, K., & Russel, S. (2009). Injury Patterns and Injury Rates in the Circus Arts: An analysis of 5 years of data from Cirque du Soleil. The American Journal of Sports Medicine, 37 (6),1143. DOI: 10.1177/0363546508331138
Silva, E. (2015). Family-Circus, Theater-Circus: Is it Theatrer in the Circus. In: Brazilian Theater, 1970–2010. Essays on His-tory, Politics and Artistic Experimentation. Edited by Eva Paulino Bueno and Robson Corrêa de Camargo. Londres: McFarland & Company, Inc. Publishers.
Silva, M. R. G., Silva, H. H., & Paiva, T. (2018). Sleep duration, body composition, dietary profile and eating behav-iours among children and adolescents: a comparison between Portuguese acrobatic gymnasts. European Journal of Pediatrics, 177(6), 815–825. DOI: 10.1007/s00431-018-3124-z
SPSS (2009). IBM PASW Statistics for Windows, Version 18.0. Chicago: SPSS Inc.
Sterkowicz-Przybycień, K., Sterkowicz, S., Biskup, L., Żaro´w, R., Kryst, Ł., & Ozimek, M. (2019). Somatotype, body composition, and physical fitness in artistic gymnasts depending on age and preferred event. Plos One, 14(2). DOI: 10.1371/journal.pone.0211533
Toboada-Iglesias, Y., Gutiérrez-Sánchez, Á., & Vernetta, M. (2015). Proportionality Indices and Body Composition of Elite Acrobatic Gymnasts. International Journal of Morphology, 33(3), 996-1001. DOI: 10.4067/S0717-95022015000300030
Vianna, C., & Magro, R. (org). (2019) Variations: Eight Shows of a Moving Circus. Rio de Janeiro: FUNARTE, ENC.
Vieira Santos, L. C., Aidar, F. J., Getirana-Mota , M. ., Vieira-Souza, L. M., Vieira, A. M. ., Pereira Santos, T., dos Santos, L., & Lima Cavendish, R. (2023). Kinetic-functional profile of rhythmic gymnastics athletes. Retos, 50, 593–598. https://doi.org/10.47197/retos.v50.99666
Wanke, E. M., McCormack, M., Koch, F., Wanke, A., & Groneberg D. A. (2012). Acute injuries in student circus artists with regard to gender specific differences. Asian J Sports Med; Sep;3(3):153-60. DOI: 10.5812/asjsm.34606
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Secção
Licença
Direitos de Autor (c) 2023 Retos
Este trabalho encontra-se publicado com a Licença Internacional Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e assegurar a revista o direito de ser a primeira publicação da obra como licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite que outros para compartilhar o trabalho com o crédito de autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Os autores podem estabelecer acordos adicionais separados para a distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicado na revista (por exemplo, a um repositório institucional, ou publicá-lo em um livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- É permitido e os autores são incentivados a divulgar o seu trabalho por via electrónica (por exemplo, em repositórios institucionais ou no seu próprio site), antes e durante o processo de envio, pois pode gerar alterações produtivas, bem como a uma intimação mais Cedo e mais do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre) (em Inglês).
Esta revista é a "política de acesso aberto" de Boai (1), apoiando os direitos dos usuários de "ler, baixar, copiar, distribuir, imprimir, pesquisar, ou link para os textos completos dos artigos". (1) http://legacy.earlham.edu/~peters/fos/boaifaq.htm#openaccess