O humor difere entre jogadores de vôlei de praia com sono bom e ruim: um estudo transversal
DOI:
https://doi.org/10.47197/retos.v48.96972Palavras-chave:
bayesiana, escala brasileña del estado de ánimo, fatiga, calidad del sueño, confusión, rendimiento deportivoResumo
A fim de investigar a associação entre qualidade do sono e estados de humor ou resultados combinados em atletas de vôlei de praia, desenhamos um estudo transversal. Para avaliar o humor dos atletas, utilizamos a Brazilian Mood Scale (BMS) via Google Forms, que foi enviada a eles às 20h do dia anterior à primeira partida. Consideramos apenas as respostas recebidas até às 22h00 (GMT-3). Além do BMS, incluímos duas perguntas adicionais: "sono na noite passada" e "como você se sente agora?" Os atletas foram convidados a escolher um dos cinco itens a seguir: muito ruim, ruim, regular, bom ou excelente. Coletamos dados estatísticos de partidas, incluindo pontos conquistados, pontos contra, vitórias e derrotas em sets, vitórias e derrotas. Para verificar a correlação e as diferenças entre as variáveis, utilizou-se a análise bayesiana. O modelo bayesiano ANOVA, que incluiu a qualidade do sono na fadiga, foi 12.465 vezes mais provável que o modelo nulo. Análises post hoc revelaram que aqueles que dormiam mal tinham 5.545 vezes mais chances de sentir mais fadiga do que aqueles que dormiam bem. Nossas descobertas sugerem que uma qualidade de sono ruim está associada a uma maior probabilidade de experimentar aumento da fadiga. Também encontramos evidências anedóticas, usando análise bayesiana, de uma possível interferência da qualidade do sono na confusão, vigor e tensão. No entanto, ao testar a interferência da qualidade do sono na depressão ou na raiva por meio da análise frequentista, não detectamos diferenças significativas. Finalmente, nossos dados não suportam nenhuma hipótese de que a qualidade do sono interfere nas estatísticas de jogo.
Palavras-chave: análise bayesiana, fadiga, depressão, confusão, desempenho atlético.
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