O jogador português: caracterização e hábito desportivo (perspectiva de género)
DOI:
https://doi.org/10.47197/retos.v47.94508Palavras-chave:
gestión deportiva; e-games; gamers; actividad física; género.Resumo
Com o objetivo de caracterizar o perfil sociodemográfico, jogador e hábitos desportivos dos jogadores portugueses numa perspetiva de género, foi aplicado um questionário (N=413) no evento de videojogos realizado em Braga, Portugal. Os resultados mostram que o jogador é predominantemente do sexo masculino (92,1%), estudante (76,7%) e desempregado (76,9%), embora os homens sejam mais jovens (menos de 20 anos, 78,5%) em relação às mulheres (acima de 20 anos, 69,7). %); os homens possuem escolaridade inferior (ensino médio ou inferior, 61,9%) em relação às mulheres (graduação ou superior, 54,6%); e, os homens recebem mais remuneração por jogar (50%) do que as mulheres (6,1%). Em relação ao perfil do jogador, ambos entendem o videogame como entretenimento (83,8%) e o valorizam como treinamento pessoal (87,1%), identificam-se como jogadores amadores (86,4%), passam menos de 10h/semana jogando (55,1%) e continuam para streamers menos de 2h/dia. O motivo pelo qual começaram a jogar (entretenimento 52,9% dos homens e competição 36,4% das mulheres) e especialização do jogo (estratégia/ação 38,7% dos homens e retrô 57,6% das mulheres) difere por gênero. Considerando os hábitos de prática esportiva, as mulheres praticam menos (42,4%) e os homens praticam mais dias na semana; e reconhecem benefícios em sua atuação posterior em videogames (66,4%); as mulheres não realizam treinamento específico para gamers (66,7%). Conclui-se que esses dados evidenciam as diferenças de perfis de acordo com o gênero e a necessidade de desenvolver estratégias de promoção da atividade física, bem como implantar ações para melhor adequação às necessidades de cada gênero.
Palavras-chave: gestão esportiva; jogos eletrônicos; jogadores; atividade física; Gênero sexual.
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