Variabilidade entre equipes no jogo em cenários críticos de jogo: um estudo no voleibol masculino de alto nível usando análise de rede social
DOI:
https://doi.org/10.47197/retos.v43i0.90505Palavras-chave:
análise da performance, análise de jogo, jogos coletivos, padrões de jogoResumo
Os cenários críticos são altamente relevantes para a análise de jogo, porque contribuem para uma melhor compreensão do desempenho e fornecem informações essenciais sobre a evolução da equipa. O objetivo deste estudo foi investigar a variabilidade inter-equipa no voleibol masculino de alto nível durante cenários críticos de jogo (principalmente, em condições de configuração não ideais). Foram analisados dez jogos das Finais da Liga das Nações de Voleibol masculino de 2019 (Rússia, EUA, Polónia, Brasil, Irão, França) (n = 649 jogos). Foram criadas seis redes independentes de Centralidade Eigenvector (632 nós; 3507 arestas) utilizando a Análise de Redes Sociais. Quando jogam em cenários críticos, as duas melhores equipas do ranking diferem no side-out. Especificamente, os EUA apresentaram ataques rápidos, principalmente na zona 4, usando o forte ataque e a exploração do bloco. Em sentido inverso, a Rússia apresentou um jogo com tempos de ataque elevados e ataques fortes. As duas melhores equipas do ranking também diferem da Polónia e do Brasil na sua abordagem ao jogo, as duas últimas equipas usando um ataque variado (entre ataques fortes, explorados e direcionados). Após um erro no ataque, a maioria das equipas apresentou um estilo de jogo caracterizado por ataques fortes, embora a Rússia tenha jogado usando a exploração do bloco. O estudo mostra que as equipas que competem ao mesmo nível competitivo têm diferenças nos padrões de jogo. A variabilidade nas abordagens ao ataque em cenários críticos (por exemplo, em condições de configuração não ideais e/ou após erros de ataque consecutivos) revelou que as equipas encontram soluções diferentes para problemas semelhantes. As conclusões implicam que a análise de partidas deve centrar-se em explorar as diferenças inter-equipas nas ações de jogo, ao mesmo tempo que é cautelosa na interpretação de dados agregados.
Referências
Afonso, J., Mesquita, I., Marcelino, R., & Silva, J. (2010). Analysis of the setter’s tactical action in high-performance women’s volleyball. Kinesiology, 42(1), 82–89.
Barkell, F. J., Donna, O., Cotton, G. W., Barkell, J. F., Connor, D. O., & Cotton, W. G. (2017). Characteristics of winning men’s and women’s sevens rugby teams throughout the knockout Cup stages of international tournaments Characteristics of winning men’s and women’s sevens rugby teams throughout the knockout Cup stages of international tourn. International Journal of Performance Analysis in Sport, 16(2), 633–651. https://doi.org/10.1080/24748668.2016.11868914
Barrero, A. M., Gutiérrez, I. M., & Prieto, M. F. (2021). Análisis del modelo de juego en un equipo de fútbol profesional de la Bundesliga de Alemania. Estudio caso (Analysis of the game model in a professional football team in the German First Division. Case study). Retos, 39(39), 628–634. https://doi.org/10.47197/RETOS.V0I39.79923
Batista, J., Goncalves, B., Sampaio, J., Castro, J., Abade, E., & Travassos, B. (2019). The influence of coaches’ instruction on technical actions, tactical behaviour, and external workload in football small-sided games. Montenegrin Journal of Sports Science and Medicine, 8(1), 29–36. https://doi.org/10.26773/mjssm.190305
Bonacich, P. (2007). Some unique properties of eigenvector centrality. Social Networks, 29(4), 555–564. https://doi.org/10.1016/j.socnet.2007.04.002
Borgatti, S. P. (2005). Centrality and network flow. Social Networks, 27(1), 55–71. https://doi.org/10.1016/j.socnet.2004.11.008
Castelão, D. P., Garganta, J., Afonso, J., & Da Costa, I. T. (2015). Análise sequencial de comportamentos ofensivos desempenhados por seleções nacionais de futebol de alto rendimento. Revista Brasileira de Ciencias Do Esporte, 37(3), 230–236. https://doi.org/10.1016/j.rbce.2015.05.001
Castellano, J., & Pic, M. (2019). Identification and preference of game styles in laliga associated with match outcomes. International Journal of Environmental Research and Public Health, 16, 5090. https://doi.org/10.3390/ijerph16245090
Chow, J. Y., Davids, K., Hristovski, R., Araújo, D., & Passos, P. (2011). Nonlinear pedagogy: Learning design for self-organizing neurobiological systems. New Ideas in Psychology, 29(2), 189–200. https://doi.org/10.1016/j.newideapsych.2010.10.001
Costa, G., Mesquita, I., Greco, P. J., Ferreira, N. N., & Moraes, J. C. (2011). Relação saque, recepção e ataque no voleibol juvenil masculino. Motriz, 17(1), 11–18. https://doi.org/10.5016/1980-6574.2011v17n1p11
Davids, K. (2015). Athletes and sports teams as complex adaptive system: A review of implications for learning design. Revista Internacional de Ciencias Del Deporte, 39(11), 48–61. https://doi.org/10.5232/ricyde2015.03904
Dong, J. G. (2016). The role of heart rate variability in sports physiology (Review). Experimental and Therapeutic Medicine, 11(5), 1531–1536. https://doi.org/10.3892/etm.2016.3104
Drikos, S., Ntzoufras, I., & Apostolidis, N. (2019). Bayesian Analysis of Skills Importance in World Champions Men’s Volleyball across Ages. International Journal of Computer Science in Sport, 18(1), 24–44. https://doi.org/10.2478/ijcss-2019-0002
Fernández-Echeverria, C., Gil, A., García-González, L., Carrasco Soares, F., Claver, F., & Del Villar, F. (2013). Employment time-out in volleyball formative stages. Journal of Humam Sport & Exercise, 8(Proc3), 591–600. https://doi.org/10.4100/jhse.2013.8.Proc3.04
Fleiss, J., Levin, B., & Paik, M. C. (2013). Statistical methods for rates and proportions. Hoboken: John Wiley & Sons.
Gama, J., Passos, P., Davids, K., Relvas, H., Ribeiro, J., Vaz, V., & Dias, G. (2014). Network analysis and intra-team activity in attacking phases of professional football. International Journal of Performance Analysis in Sport, 14(3), 692–708. https://doi.org/10.1080/24748668.2014.11868752
Gregson, W., Drust, B., Atkinson, G., & Salvo, V. D. (2010). Match-to-match variability of high-speed activities in premier league soccer. International Journal of Sports Medicine, 31(4), 237–242. https://doi.org/10.1055/s-0030-1247546
Gréhaigne, J. F., Bouthier, D., & David, B. (1997). Dynamic-system analysis of opponent relationships in collective actions in soccer. Journal of Sports Sciences, 15(2), 137–149. https://doi.org/10.1080/026404197367416
Gryc, T., Zahalka, F., Maly, T., Mala, L., & Hrasky, P. (2015). Movement’s analysis and weight transfer during the golf swing. Journal of Physical Education and Sport, 15(4), 781–787. https://doi.org/10.7752/jpes.2015.04119
Higham, D. G., Hopkins, W. G., Pyne, D. B., & Anson, J. M. (2014). Performance indicators related to points scoring and winning in international rugby sevens. Journal of Sports Science and Medicine, 13(2), 358–364.
Hill-Haas, S., Coutts, A., Rowsell, G., & Dawson, B. (2008). Variability of acute physiological responses and performance profiles of youth soccer players in small-sided games. Journal of Science and Medicine in Sport, 11(5), 487–490. https://doi.org/10.1016/j.jsams.2007.07.006
Hughes, M., Landridge, C., & Dawkin, N. (1998). Perturbation leading to shooting in soccer. In M. Hughes & F. Tavares (Eds.), Proceedings of the Notational Analysis of Sport IV World Congress (pp. 33–40). Porto.
Hughes, Mike. (2004). Performance analysis – a 2004 perspective. International Journal of Performance Analysis in Sport, 4(1), 103–109. https://doi.org/10.1080/24748668.2004.11868296
Hughes, Mike, & Franks, I. (2008). The Essentials of Performance Analysis. In Routledge.
Hurst, M., Loureiro, M., Valongo, B., Laporta, L., Nikolaidis, T. P., & Afonso, J. (2016). Systemic Mapping of High-Level Women’s Volleyball using Social Network Analysis: The Case of Serve (K0), Side-out (KI), Side-out Transition (KII) and Transition (KIII). International Journal of Performance Analysis in Sport, 16(2), 695–710. https://doi.org/10.1080/24748668.2016.11868917
João, P. V., & Pires, P. M. (2015). Eficácia do Side-out no Voleibol sénior masculino em função do jogador interveniente. Motricidade, 11(4), 142–150. https://doi.org/10.6063/motricidade.6302
Laporta, L., Afonso, J., & Mesquita, I. (2018). Interaction network analysis of the six game complexes in high-level volleyball through the use of Eigenvector Centrality. PLoS ONE, 13(9), 1–14. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0203348
Laporta, L., Afonso, J., Valongo, B., & Mesquita, I. (2019). Using social network analysis to assess play efficacy according to game patterns: a game-centred approach in high-level men’s volleyball. International Journal of Performance Analysis in Sport, 19(5), 866–877. https://doi.org/10.1080/24748668.2019.1669007
Laporta, L., Igor, A., Medeiros, A., Vargas, N., Conti, G. De, Costa, T., & Afonso, J. (2021). Coexistence of Distinct Performance Models in High-Level Women’s Volleyball. Journal of Human Kinetics, 78(April), 161–173. https://doi.org/10.2478/hukin-2021-0048
Lima, R., Palao, J. M., Moreira, M., & Clemente, F. M. (2019). Variations of technical actions and efficacy of national teams’ volleyball attackers according to their sex and playing positions. International Journal of Performance Analysis in Sport, 19(4), 491–502. https://doi.org/10.1080/24748668.2019.1625658
Liu, H., Gómez, M. A., Gonçalves, B., & Sampaio, J. (2016). Technical performance and match-to-match variation in elite football teams. Journal of Sports Sciences, 34(6), 509–518. https://doi.org/10.1080/02640414.2015.1117121
Lorenzo-Martínez, M., Rey, E., & Padrón-Cabo, A. (2019). The effect of age on between-match physical performance variability in professional soccer players. Research in Sports Medicine, 28(3), 351–359. https://doi.org/10.1080/15438627.2019.1680985
Marcelino, R., Mesquita, I., & Sampaio, J. (2011). Effects of quality of opposition and match status on technical and tactical performances in elite volleyball. Journal of Sports Sciences, 29(7), 733–741. https://doi.org/10.1080/02640414.2011.552516
Martins, J. B., Afonso, J., Coutinho, P., Fernandes, R., & Mesquita, I. (2021). The Attack in Volleyball from the Perspective of Social Network Analysis : Refining Match Analysis through Interconnectivity and Composite of Variables. Montenegrin Journal of Sports Science and Medicine, 10(1), 45–54. https://doi.org/10.26773/mjssm.210307
Mclean, S., Salmon, P. M., Gorman, A. D., Stevens, N. J., & Solomon, C. (2018). A social network analysis of the goal scoring passing networks of the 2016 European Football Championships. Human Movement Science, 57. https://doi.org/10.1016/j.humov.2017.10.001
Méndez, C., Gonçalves, B., Santos, J., Ribeiro, J. N., & Travassos, B. (2019). Attacking profiles of the best ranked teams from elite futsal leagues. Frontiers in Psychology, 10(1370), 403–414. https://doi.org/10.3389/fpsyg.2019.01370
Millán-Sánchez, A., Morante Rábago, J. C., & Ureña, A. (2017). Differences in the success of the attack between outside and opposite hitters in high level men’s volleyball. Journal of Human Sport and Exercise, 12(2), 251–256. https://doi.org/10.14198/jhse.2017.122.01
Passos, P., Davids, K., Araújo, D., Paz, N., Minguéns, J., & Mendes, J. (2011). Networks as a novel tool for studying team ball sports as complex social systems. Journal of Science and Medicine in Sport, 14(2), 170–176. https://doi.org/10.1016/j.jsams.2010.10.459
Project, D. (2019). Instruction Manual Data Volley 4. Bologna: Data Project.
Ramos, A., Coutinho, P., Silva, P., Davids, K., Guimarães, E., & Mesquita, I. (2017). Entropy measures reveal collective tactical behaviours in volleyball teams: how variability and regularity in game actions influence competitive rankings and match status. International Journal of Performance Analysis in Sport, 17(6), 848–862. https://doi.org/10.1080/24748668.2017.1405611
Ramos, A., Coutinho, P., Silva, P., Davids, K., & Mesquita, I. (2017). How players exploit variability and regularity of game actions in female volleyball teams. European Journal of Sport Science ISSN:, 17(4), 473–481. https://doi.org/10.1080/17461391.2016.1271459
Sánchez-Moreno, J., Mesquita, I., Afonso, J., Millán-Sánchez, A., & Ureña, A. (2018). Effect of the rally length on performance according to the final action and the playing level in high-level men’s volleyball. RICYDE: Revista Internacional de Ciencias Del Deporte, 14(52), 136–147. https://doi.org/10.5232/ricyde2018.05204
Sarmento, H., Marcelino, R., Anguera, M. T., Campaniço, J., Matos, N., & Leitão, J. (2014). Match analysis in football: a systematic review. Journal of Sports Sciences, 32(20), 1831–1843. https://doi.org/10.1080/02640414.2014.898852
Silva, P., Duarte, R., Esteves, P., Travassos, B., & Vilar, L. (2016). Application of entropy measures to analysis of performance in team sports. International Journal of Performance Analysis in Sport, 16(2), 753–768. https://doi.org/10.1080/24748668.2016.11868921
Stamm, R., Stamm, M., Torilo, D., Thomson, K., & Jairus, A. (2016). Comparative analysis of the elements of attack and defence in men’s and women’s games in the Estonian volleyball highest league. Papers on Anthropology, 25(1), 37. https://doi.org/10.12697/poa.2016.25.1.04
Tabachnick, B., & Fidell, L. (2007). Using multivariate statistics. Boston: Pearson.
Vargas, J., Loureiro, M., Nikolaidis, P. T., Knechtle, B., Laporta, L., Marcelino, R., & Afonso, J. (2018). Rethinking Monolithic Pathways to Success and Talent Identification: The Case of the Women’s Japanese Volleyball Team and Why Height is Not Everything. Journal of Human Kinetics, 64(1), 233–245. https://doi.org/10.1515/hukin-2017-0197
Wäsche, H., Dickson, G., Woll, A., & Brandes, U. (2017). Social network analysis in sport research: an emerging paradigm. European Journal for Sport and Society, 14(2), 138–165. https://doi.org/10.1080/16138171.2017.1318198
Yi, Q., Gómez, M. Á., Liu, H., & Sampaio, J. (2019). Variation of match statistics and football teams’ match performance in the group stage of the UEFA champions league from 2010 to 2017. Kinesiology, 51(2), 170–181. https://doi.org/10.26582/k.51.2.4
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Secção
Licença
Direitos de Autor (c) 2021 João Bernardo Martins, José Afonso, Ademilson Mendes, Letícia Santos, Isabel Mesquita
Este trabalho encontra-se publicado com a Licença Internacional Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e assegurar a revista o direito de ser a primeira publicação da obra como licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite que outros para compartilhar o trabalho com o crédito de autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Os autores podem estabelecer acordos adicionais separados para a distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicado na revista (por exemplo, a um repositório institucional, ou publicá-lo em um livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- É permitido e os autores são incentivados a divulgar o seu trabalho por via electrónica (por exemplo, em repositórios institucionais ou no seu próprio site), antes e durante o processo de envio, pois pode gerar alterações produtivas, bem como a uma intimação mais Cedo e mais do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre) (em Inglês).
Esta revista é a "política de acesso aberto" de Boai (1), apoiando os direitos dos usuários de "ler, baixar, copiar, distribuir, imprimir, pesquisar, ou link para os textos completos dos artigos". (1) http://legacy.earlham.edu/~peters/fos/boaifaq.htm#openaccess
