Análise do modelo teórico do teste situacional de desenvolvimento das competências básicas de empregabilidade: a perspectiva dos trabalhadores
Palavras-chave:
orientação profissional, competências de empregabilidade, empregabilidade, mercado de trabalho, intervenção socioeducativaResumo
O objetivo deste estudo é analisar sob a ótica dos trabalhadores o modelo de empregabilidade do grupo de investigação IARS vinculado ao Teste Situacional para o Desenvolvimento de Competências Básicas de Empregabilidade. As hipóteses de partida são que as competências básicas de empregabilidade propostas pelo modelo são necessárias para alcançar, manter e promover no mercado de trabalho, independentemente do setor econômico, sexo, idade e experiência de trabalho. Um questionário foi aplicado a um total de 255 trabalhadores de diferentes setores profissionais. Avaliaram a necessidade das oito competências básicas de empregabilidade propostas no modelo para obter e manter um emprego e promover-se: auto-organização, projeto-formação profissional, tomada de decisão, trabalho em equipe, comunicação, flexibilidade, perseverança e responsabilidade-coresponsabilidade. Os trabalhadores valorizaram todas as competências como muito necessárias no acesso, manutenção e promoção no emprego, considerando-as progressivamente mais relevantes à medida que nele progridem. Todas as competências foram avaliadas como muito necessárias para os diferentes empregos, independentemente do setor profissional, sexo, idade e dificuldades de acesso ao mercado de trabalho após o desemprego. Apenas nuances com tamanhos de efeito pequenos foram detetados. Para conseguir o primeiro emprego, a flexibilidade é a habilidade mais valorizada por mulheres e jovens; enquanto a construção do projeto profissional é a mais valorizada pelos trabalhadores de 25 a 54 anos. Na manutenção do emprego, a perseverança é mais valorizada pelos trabalhadores com mais dificuldades de acesso ao mercado de trabalho ou que estiveram desempregados. Para a promoção, o trabalho em equipe é uma competência chave para quem fica na mesma empresa por mais tempo. Os resultados obtidos suportam a validade do modelo e permitem avançar na construção dos instrumentos psico-educacionais necessários para à intervenção socioeducativa orientada ao desenvolvimento de competências básicas de empregabilidade desde a infância.
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