O nível de coordenação motora pode predizer o desempenho nas habilidades do voleibol na juventude?
DOI:
https://doi.org/10.47197/retos.v45i0.90359Palavras-chave:
habilidades motoras, esporte de rendimento, coordenação motora, adolescentes, educação físicaResumo
Introdução: A coordenação motora é uma capacidade subjacente ao desempenho bem-sucedido de habilidades específicas do esporte. No entanto, não se sabe se o nível de coordenação motora pode predizer o desempenho nas habilidades de voleibol. O objetivo principal deste estudo foi verificar se o nível de coordenação motora, avaliado por meio de um teste genérico, pode predizer o desempenho na habilidade do voleibol na juventude. Material e métodos: Foram recrutados 34 estudantes adolescentes (média 14,4±0,3 anos). O KörperkoordinationtestFür Kinder (KTK), um teste genérico, não específico para esportes, composto por quatro tarefas (ou seja, equilíbrio dinâmico, salto, agilidade e habilidades de movimentação lateral) foi usado para avaliar o nível de coordenação motora. O desempenho motor nas habilidades de voleibol foi avaliado com base em duas tarefas orientadas ao produto: saque de voleibol por baixo e recepção de saque de voleibol. Foi adotada uma única medida representando as habilidades de voleibol dos participantes. Modelos de regressão linear foram executados. Resultados: A análise de regressão revelou que as habilidades de equilíbrio dinâmico, salto e agilidade foram responsáveis por 8,5%, 17,0% e 30,5%, respectivamente, da variância no desempenho nas habilidades de voleibol. Além disso, o modelo de regressão linear múltipla previu significativamente 29,3% da variância no desempenho nas habilidades de voleibol. No entanto, apenas a habilidade de agilidade foi um preditor significativo da variável dependente neste modelo múltiplo. Discussão: O nível de coordenação motora, avaliado por meio de um teste genérico, pode predizer o desempenho nas habilidades do voleibol em jovens. Nossos achados reforçam a suposição de que o teste KTK pode ser uma avaliação útil da coordenação motora para apoiar a tomada de decisões em diferentes ambientes, como educação física escolar e programas de identificação de talentos.
Referências
Abbott, A., & Collins, D. (2002). A Theoretical and Empirical Analysis of a 'State of the Art' Talent Identification Model. High Ability Studies, 13(2), 157–178. https://doi.org/10.1080/1359813022000048798
Bardy, D., Faugloire, B., Fourcade, P., & Stoffregen, T. (2006). Stabilization of old and new postural patterns in standing humans. Motor Learning and Neural Plasticity, 3, Artigo DOI: 10.1007/0-387-28287-4_7.
Bernstein, N. (1967). The co-ordination and regulation of movements. Pergamon Press.
Bozanic, A., & Beslija, T. (2010). Relations between fundamental movement skills and specific karate technique in 5-7 year old beginners. Sport Scicence, 3(1), 79–83.
di Cagno, A., Battaglia, C., Fiorilli, G., Piazza, M., Giombini, A., Fagnani, F., Borrione, P., Calcagno, G., & Pigozzi, F. (2014). Motor Learning as Young Gymnast's Talent Indicator. Journal of sports science & medicine, 13(4), 767–773. PMCID: PMC4234945
Chagas, D.V., & Batista, L. A. (2017). Comparison of Health Outcomes Among Children with Different Levels of Motor Competence. Human Movement, 18(2). https://doi.org/10.1515/humo-2017-0018
Chagas, D. V., Ozmun, J., & Batista, L. A. (2017). The relationships between gross motor coordination and sport-specific skills in adolescent non-athletes. Human Movement, 18(4). https://doi.org/10.1515/humo-2017-0037
Clark, J. E. (2005). From the Beginning: A Developmental Perspective on Movement and Mobility. Quest, 57(1), 37–45. https://doi.org/10.1080/00336297.2005.10491841
Deprez, D., Valente-dos-Santos, J., e Silva, M. C., Lenoir, M., Philippaerts, R. M., & Vaeyens, R. (2014). Modeling Developmental Changes in the Yo-Yo Intermittent Recovery Test Level 1 in Elite Pubertal Soccer Players. International Journal of Sports Physiology and Performance, 9(6), 1006–1012. https://doi.org/10.1123/ijspp.2013-0368
Faber, I. R., Elferink-Gemser, M. T., Faber, N. R., Oosterveld, F. G., & Nijhuis-Van der Sanden, M. W. (2016). Can Perceptuo-Motor Skills Assessment Outcomes in Young Table Tennis Players (7-11 years) Predict Future Competition Participation and Performance? An Observational Prospective Study. PloS one, 11(2), e0149037. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0149037
Gallahue, D. L. (2012). Understanding motor development: Infants, children, adolescents, adults (7a ed.). McGraw-Hill.
Jaakkola, T., Watt, A., & Kalaja, S. (2017). Differences in the Motor Coordination Abilities Among Adolescent Gymnasts, Swimmers, and Ice Hockey Players. Human Movement, 18(1). https://doi.org/10.1515/humo-2017-0006
Johnston, K., Wattie, N., Schorer, J., & Baker, J. (2018). Talent Identification in Sport: A Systematic Review. Sports medicine (Auckland, N.Z.), 48(1), 97–109. https://doi.org/10.1007/s40279-017-0803-2
Kamandulis, S., Venckūnas, T., Masiulis, N., Matulaitis, K., Balciūnas, M., Peters, D., & Skurvydas, A. (2013). Relationship between general and specific coordination in 8- to 17-year-old male basketball players. Perceptual and motor skills, 117(3), 821–836. https://doi.org/10.2466/25.30.PMS.117x28z7
Kiphard, E., & Schilling, E. (2007). Körperkoordinationstestfür Kinder. Göttingen: Hogrefe.
Kokstejn, J., Musalek, M., Wolanski, P., Murawska-Cialowicz, E., & Stastny, P. (2019). Fundamental Motor Skills Mediate the Relationship Between Physical Fitness and Soccer-Specific Motor Skills in Young Soccer Players. Frontiers in physiology, 10, 596. https://doi.org/10.3389/fphys.2019.00596
Latash M. (2013).Fundamentals of Motor Control.New York: Elsevier
Lech, G., Jaworski, J., Lyakh, V., & Krawczyk, R. (2011). Effect of the level of coordinated motor abilities on performance in junior judokas. Journal of human kinetics, 30, 153–160. https://doi.org/10.2478/v10078-011-0083-0
Luis-de Cos, G., Arribas-Galarraga, S., Luis-de Cos, I., & Arruza Gabilondo, J. A. (2019). Competencia motriz, compromiso y ansiedad de las chicas en Educación Física (Motor competence, commitment, and anxiety in girls during physical education classes). Retos, 36, 231-238. https://doi.org/10.47197/retos.v36i36.64243
Montenegro Arjona, O., Morales Vargas, M., & Parra Buendía, J. (2020). Efecto del Programa de Ejercicios con las Figuras M3 sobre la Coordinación (Effect of the Exercise Program with Figures M3 on Coordination). Retos, 41, 78-87. https://doi.org/10.47197/retos.v0i41.82319
Mostaert, M., Pion, J., Lenoir, M., & Vansteenkiste, P. (2020). A Retrospective Analysis of the National Youth Teams in Volleyball: Were They Always Faster, Taller, and Stronger?. Journal of strength and conditioning research, 10.1519/JSC.0000000000003847. Advance online publication.
Opstoel, K., Pion, J., Elferink-Gemser, M., Hartman, E., Willemse, B., Philippaerts, R., Visscher, C., & Lenoir, M. (2015). Anthropometric Characteristics, Physical Fitness and Motor Coordination of 9 to 11 Year Old Children Participating in a Wide Range of Sports. PLOS ONE, 10(5), Artigo e0126282. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0126282
Pion, J., Fransen, J., Lenoir, M., & Segers, V. (2014). The value of non-sport-specific characteristics for talent orientation in young male judo, karate and taekwondo athletes. Archives of Budo, 10, 147–154. http://www.archbudo.com/abstracted.php?level=5&ICID=1109842
Pion, J. A., Fransen, J., Deprez, D. N., Segers, V. I., Vaeyens, R., Philippaerts, R. M., & Lenoir, M. (2015). Stature and jumping height are required in female volleyball, but motor coordination is a key factor for future elite success. Journal of strength and conditioning research, 29(6), 1480–1485. https://doi.org/10.1519/JSC.0000000000000778
O’Brien-Smith, J., Tribolet, R., Smith, M. R., Bennett, K. J. M., Fransen, J., Pion, J., & Lenoir, M. (2019). The use of the Körperkoordinationstest für Kinder in the talent pathway in youth athletes: A systematic review. Journal of Science and Medicine in Sport, 22(9), 1021–1029. https://doi.org/10.1016/j.jsams.2019.05.014
Rijo, A., Fernández Cabrera, J., Hernández Moreno, J., Sosa Álvarez, G., & Pacheco Lara, J. (2020). (Re) pensar la competencia motriz ((Re) think motor competence). Retos, 40, 375-384. https://doi.org/10.47197/retos.v1i40.82959
Söğüt, M. (2016). Gross motor coordination in junior tennis players. Journal of Sports Sciences, 34(22), 2149–2152. https://doi.org/10.1080/02640414.2016.1211311
Tompsett, C., Sanders, R., Taylor, C., & Cobley, S. (2017). Pedagogical Approaches to and Effects of Fundamental Movement Skill Interventions on Health Outcomes: A Systematic Review. Sports Medicine, 47(9), 1795–1819. https://doi.org/10.1007/s40279-017-0697-z
Vaeyens, R., Güllich, A., Warr, C. R., & Philippaerts, R. (2009). Talent identification and promotion programmes of Olympic athletes. Journal of Sports Sciences, 27(13), 1367–1380. https://doi.org/10.1080/02640410903110974
Vandorpe, B., Vandendriessche, J., Vaeyens, R., Pion, J., Lefevre, J., Philippaerts, R., & Lenoir, M. (2011). Factors discriminating gymnasts by competitive level. International journal of sports medicine, 32(8), 591–597. https://doi.org/10.1055/s-0031-1275300
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Secção
Licença
Direitos de Autor (c) 2022 Blena Marinho, Daniel das Virgens Chagas
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by-nc-nd/4.0/88x31.png)
Este trabalho encontra-se publicado com a Licença Internacional Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e assegurar a revista o direito de ser a primeira publicação da obra como licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite que outros para compartilhar o trabalho com o crédito de autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Os autores podem estabelecer acordos adicionais separados para a distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicado na revista (por exemplo, a um repositório institucional, ou publicá-lo em um livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- É permitido e os autores são incentivados a divulgar o seu trabalho por via electrónica (por exemplo, em repositórios institucionais ou no seu próprio site), antes e durante o processo de envio, pois pode gerar alterações produtivas, bem como a uma intimação mais Cedo e mais do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre) (em Inglês).
Esta revista é a "política de acesso aberto" de Boai (1), apoiando os direitos dos usuários de "ler, baixar, copiar, distribuir, imprimir, pesquisar, ou link para os textos completos dos artigos". (1) http://legacy.earlham.edu/~peters/fos/boaifaq.htm#openaccess