Jogos antibullying. A perceção dos professores e educadores portugueses
DOI:
https://doi.org/10.7179/PSRI_2020.35.04Palavras-chave:
Bullying, Profesores, educadores, prevenção, jogoResumo
O objetivo deste estudo procura verificar se os professores do primeiro ciclo da Educação Básica de Portugal e os educadores de infância consideram pertinente o uso de jogos específicos para prevenir o bullying. O estudo envolveu 276 professores do primeiro ciclo e 276 educadores da infância de ambos os sexos. O instrumento utilizado é um ques¬tionário inspirado no de Olweus (1989), embora adaptado pela autora à população adulta do estudo. A análise dos resultados mostra que a maioria dos professores e educadores acredita que é pertinente iniciar a prevenção do bullying durante a educação pré-escolar. Uma parte conhece algum tipo de instrumento ou protocolo para atuar em casos de bullying na institu¬ição em que trabalha e a maioria defende o uso da natureza lúdica dos jogos como estratégia preventiva e sensibilizante nos primeiros níveis da educação formal. As informações obtidas incentivam o uso de medidas de prevenção primária do bullying através da dimensão recrea¬tiva. Quando o jogo é bem planeado e testado, é uma ferramenta que ajuda a desenvolver o conhecimento e as habilidades das crianças, permitindo-lhes adquirir autonomia e respeitar as regras, proporcionando momentos de motivação, comunicação e atitudes positivas e cor¬retas em relação aos outros.
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