Perfil comportamental de jovens praticantes de futebol em projetos sociais

Autores

  • Flávio Roberto Pelicer FACULDADE DE MEDICINA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
  • José Carlos Lopes 
  • Maria Cristina de Oliveira Santos Miyazaki 
  • Carlos Eduardo Lopes Verardi 
  • Kazuo Kawano Nagamine 

DOI:

https://doi.org/10.47197/retos.v50.97823

Palavras-chave:

Saúde Mental, Comportamento do Adolescente, Futebol, Saúde Pública, Psicologia do Esporte

Resumo

Estudos relatam resultados positivos em atividades esportivas para jovens, tanto no nível físico quanto psicológico, além de tirar as crianças das ruas ou como ferramenta educacional. O objetivo do presente estudo foi analisar o comportamento de jovens jogadores de futebol em projetos sociais. Participaram 127 jovens futebolistas do sexo masculino participantes de projetos sociais em duas cidades do interior do Estado de São Paulo, Brasil, com média de idade de 12,93 (±1,46). Para analisar o perfil comportamental foi utilizado o Child Behavior Checklist (CBCL) para idades 6-18 anos e Youth Self-Report (YSR) para idades 11-18 anos, e as pontuações dos participantes foram analisadas, comparadas e classificadas em clínicas e não clínicas. Na análise dos escores, os limítrofes foram incluídos na faixa clínica (escore t ≥ 65 para faixa clínica). Dentre as variáveis comportamentais observadas nos inventários, os resultados indicam que mais de 91% dos participantes foram classificados como "Não Clínicos". Os dados sugerem que a prática do futebol em projetos sociais oferece um mecanismo de proteção para o funcionamento psicológico geral dos participantes nas escalas avaliadas. Além disso, corroboram dados da literatura, que relatam benefícios na saúde mental e no comportamento de jovens envolvidos em atividades esportivas.

Palavra-chave: Saúde Mental; Comportamento do Adolescente; Futebol; Saúde Pública; Psicologia do Esporte

Biografias Autor

José Carlos Lopes 

Department of Epidemiology and Public Health, São José do Rio Preto Medical School, São José do Rio Preto, São Paulo. 

Maria Cristina de Oliveira Santos Miyazaki 

Laboratory of Psychology and Health and Master's Program in Psychology and Health, São José do Rio Preto Medical School, São José do Rio Preto, São Paulo. 

Carlos Eduardo Lopes Verardi 

Department of Physical Education, College of Sciences, Bauru Campus, São Paulo State University (UNESP). 

Kazuo Kawano Nagamine 

 

Laboratory of  Physical Activity and Health and Master's Program in Psychology and Health, Department of Epidemiology and Public Health, São José do Rio Preto Medical School, São José do Rio Preto, São Paulo. 

 

 

Referências

Achenbach, T. M. (1991a). Manual for the Child Behavior Checklist/4-18 and 1991 profile. Burlington: Departament of Psychiatry, University of Vermont.

Achenbach, T. M. (1991b). Manual for the Youth Self-Report and 1991 profile. Burlington: Department of Psychiatry, University of Vermount.

Achenbach, T. M., & Rescorla, L. A. (2004). Mental health pracioner's guide for the Achenbach of Empirically Based Assessment (4 th ed.). Burlington, VT: University of Vermont, Research Center for Children, Youth & Families.

Achenbach, T., & Rescorla, L. (2007). Multicultural Supplement to the Manual for the ASEBA School-Age Forms & Profiles. Burlington, VT: University of Vermont, Research Center for Children, Youth, & Families.

Bettega, O. B., Reverdito, R. S., Santos, F., & Galatti, L. R. (2021). Do papel do treinador ao ambiente competitivo no futebol infantil: o que está em jogo? Movimento, 27. doi:https://doi.org/10.22456/1982-8918.107418

Bonavolontà, V., Cataldi, S., Carvutto, F. L., Candia, M. D., Mastrorilli, G., Messina, G., . . . Fischetti, F. (2021). The Role of Parental Involvement in Youth Sport Experience: Perceived and Desired Behavior by Male Soccer Players. International Journal of Research and Public Health, 18. doi:https://doi.org/10.3390/ijerph18168698

Bordin, I. A., Mari, J. J., & Caeiro, M. F. (1995). Validação da versão brasileira do "Child Behavior Checklist" (CBCL) (Inventário de Comportamentos da Infância e Adolescência): dados preliminares. Revista Brasileira de Psiquiatria, 17(2), 55-66.

Fernández, J., Cañada, F. C., & Luque, G. T. (2023). Diferencia del perfil de los estados de ánimo en jóvenes escolares que practican deporte extraescolar federado vs no federados. Retos, 47, pp. 738-743.

Gonçalves, G. H., Bulso, R. V., Floriano, L. T., & Balbinotti, C. A. (2020). Conteúdos pedagógicos nas competições infantojuvenis de futebol e futsal: um estudo comparativo. Motrivivência, 32, pp. 01-20. doi:https://doi.org/10.5007/2175-8042.2020e71704

Guillamón, A. R., Canto, E. G., & López, P. J. (2019). Capacidad aeróbica y rendimiento académico en escolares de educación primaria Aerobic capacity and academic performance in primary schoolchildren. Retos, 35, pp. 351-354.

Júnior, E. T., Menezes, V. G., Melo, E. H., Kohl, H. G., & Costa, M. A. (2022). História de vida de ex-jogadores profissionais de futebol em Pernambuco: sonho e influência parental. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte, 36.

Kravchychyn, C., Souza, J., Starepravo, F. A., Barbosa-Rinaldi, I. P., Oliveira, A. A. B. (2019). Projetos e programas sociais esportivos no Brasil: antecedentes históricos e reflexividade social. Revista De Asociación Lationoamericana de Estudios Socioculturales Del Deporte, 10(1), 53-68.

Maciel, L. F., Farias, G. O., Dallegrave, E. J., Flach, M. C., Nascimento, J. V., & Folle, A. (2023). Sports and school involvement and performance: a systematic review of literature. Retos, 47, pp. 12-24.

Martínez, B. J.-A., Ibáñez, J. C., Ramírez, C. S., Valenzuela, A. V., & Mármol, A. G. (2020). El modelo de responsabilidad personal y social a través del deporte: revisión bibliográfica Personal and social responsibility model through sports: a bibliographic review. Retos, 37, pp. 755-762.

Perovano-Camargo, L., Mataruna-Dos-Santos, L. J., & Silva, O. G. (2022). Revisão sobre projetos sociais esportivos no Brasil: atualização de revisão, metanálise qualitativa e percepção de lacuna de pesquisa. Retos, 46, pp. 24-35.

Pertile, R. S., Delevatti, V. d., & Delevatti, R. S. (2020). A escolha da posição no futebol: influência de pais, treinador e mídia. Revista Motriz, 14, pp. 48-58.

Rivas-Martínez, H., & Bailey-Moreno, J. (2021). Aportaciones del fútbol en la formación infantil y juvenil en una comunidad vulnerable. Retos, 39, pp. 276-283.

Rocha, M. M. (2012). Evidências de Validade do “Inventário de Auto avaliação para Adolescentes” (YSR/2001) para população brasileira. (Tese de Doutorado). Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, São Paulo, SP.

Rocha, M. M., Ferrari, R. A., & Silvares, E. F. (2011). Padrões de concordância entre múltiplos informantes na avaliação dos problemas comportamentais de adolescentes: implicações clínicas. Estudos e Pesquisas em Psicologia, 11(3), [on line].

Downloads

Publicado

2023-09-15

Como Citar

Pelicer, F. R., Lopes , J. C. ., de Oliveira Santos Miyazaki , M. C. ., Lopes Verardi , C. E. ., & Kawano Nagamine , K. (2023). Perfil comportamental de jovens praticantes de futebol em projetos sociais. Retos, 50, 913–917. https://doi.org/10.47197/retos.v50.97823

Edição

Vol. 50 (2023)

Secção

Artigos de caráter científico: trabalhos de pesquisas básicas e/ou aplicadas.

Licença

Direitos de Autor (c) 2023 Retos

Creative Commons License

Este trabalho encontra-se publicado com a Licença Internacional Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0.

Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:

  1. Autores mantém os direitos autorais e assegurar a revista o direito de ser a primeira publicação da obra como licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite que outros para compartilhar o trabalho com o crédito de autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
  2. Os autores podem estabelecer acordos adicionais separados para a distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicado na revista (por exemplo, a um repositório institucional, ou publicá-lo em um livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
  3. É permitido e os autores são incentivados a divulgar o seu trabalho por via electrónica (por exemplo, em repositórios institucionais ou no seu próprio site), antes e durante o processo de envio, pois pode gerar alterações produtivas, bem como a uma intimação mais Cedo e mais do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre) (em Inglês).

Esta revista é a "política de acesso aberto" de Boai (1), apoiando os direitos dos usuários de "ler, baixar, copiar, distribuir, imprimir, pesquisar, ou link para os textos completos dos artigos". (1) http://legacy.earlham.edu/~peters/fos/boaifaq.htm#openaccess