Corpo e cultura: As práticas corporais no território vivo da Estratégia Saúde da Família
DOI:
https://doi.org/10.47197/retos.v52.96662Palavras-chave:
Educação Física, Cultura, Práticas corporais, Atividade física, SaúdeResumo
Introdução: Este estudo objetivou compreender como os aspectos da Cultura de Movimento do território se interligam as práticas corporais/atividades físicas desenvolvidas na Estratégia Saúde da Família (ESF), com enfoque nas demandas dos usuários. Materiais e métodos: Por meio do referencial de quarta geração, utilizando do círculo hermenêutico-dialético para coletar as informações, sete participantes das práticas corporais desenvolvidas na Estratégia Saúde da Família responderam individualmente à pergunta norteadora. Resultados e discussão: Com a análise dos discursos notamos a relevância de práticas corporais/atividades físicas consonantes à cultura de movimento local, dentre elas ginástica, danças expressivas e coreografadas, jogos e brincadeiras associando músicas que interligam às experiências corporais garantem adesão dos sujeitos. Os participantes apontam o grupo de práticas corporais como essencial para o cuidado e suprimento das demandas de saúde. No entanto, não foi possível identificar participação masculina no grupo de práticas corporais. Considerações finais: Os elementos culturais pertinentes ao território, como as músicas e atividades rítmicas, se destacaram significativos para a participação no grupo de práticas corporais. A ausência de participantes do gênero masculino desperta atenção para o engajamento do público nas ações de promoção da saúde desenvolvidas pela ESF, em especial, as práticas corporais/atividade física.
Palavras-chave: Educação Física. Costumes. Dança. Atividade física. Cuidado.
Referências
Arendt, H. (2003). Homens em tempos sombrios. Trad.: Denise Bottmann. São Paulo, SP: Companhia das Letras.
Bernate, J., & Fonseca, I. (2022). Formación de la Corporeidad hacia un Desarrollo Integral. Reto, Nuevas Tendencias en Educación Física, Deporte y Recreación, 43, 634–642. Recuperado em 02 de setembro de 2023, em https://doi.org/10.47197/retos.v43i0.88804.
Bracht, V. (2005). Cultura Corporal, Cultura de Movimento ou Cultura Corporal de Movimento? In: SOUZA JÚNIOR, M. Educação Física Escolar: teoria e política curricular, saberes escolares e proposta pedagógica. Recife: EDUPE, 2005. P. 97-106.
Brasil. Ministério da Saúde. (2015). Política Nacional de Promoção da Saúde: PNPS: revisão da Portaria MS/GM nº 687, de 30 de março de 2006. Brasília: Ministério da Saúde.
Coletivo de autores. (1992). Metodologia do ensino da Educação Física. São Paulo: Cortez.
Cuba, C. de M. G. B., & Rizzini, I. (2019). Amizade e cuidado entre gerações na cultura popular brasileira. Revista Kairós-Gerontologia, 22(4), 447–468. Recuperado em 02 de setembro de 2023, em https://doi.org/10.23925/2176-901X.2019v22i4p447-468
Daolio, J. (2004). Educação física e o conceito de cultura. Campinas, SP: Autores Associados (Coleção polémicas do nosso tempo).
Freire, P. (2001). Educação e Mudança. 12ª. Ed. (tradução de Moacir Gadotti e Lílian Martin). Editora Paz e Terra.
Garson, M. (2020). Roberto Carlos como mediador cultural: música jovem, TV e rádio. Tempo Social, 32(2), 101–122. Recuperado em 03 de setembro de 2023, em https://doi.org/10.11606/0103-2070.ts.2020.168418.
Guba, E. G., & Lincoln, Y.S. (2011). Avaliação de Quarta Geração (trad. Beth Honorato). Campinas, SP: Editora da Unicamp.
Hornos, V. J. P. & Nicolás, G. V. (2019). Danza en educación infantil: opinión de los docentes. Retos, Nuevas Tenden-cias en Educación Física, Deporte y Recreación, 36, 239-244. Recuperado em 03 de setembro de 2023, em https://doi.org/10.47197/retos.v36i36.69716.
Jakubowska, H., & Byczkowska-Owczarek, D. (2018). Girls in Football, Boys in Dance. Stereotypization Processes in Socialization of Young Sportsmen and Sportswomen. Qualitative Sociology Review, 14(2), 12–28. Recuperado em 03 de setembro de 2023, em https://doi.org/10.18778/1733-8077.14.2.02.
Kunz, E. (2004). Transformação didático-pedagógica. 6 ed. Ijuí: Ed. Unijuí. 160 p. – (Coleção Educação Física).
Lara, L. M. (2008). O sentido ético-estético do corpo na cultura popular e a estruturação do campo gestual. Movimen-to, 13(3), 111–129. Recuperado em 03 de outubro de 2022, em https://doi.org/10.22456/1982-8918.3570
Melo, J.P. (2006). Educação Física e critérios de organização do conhecimento. In: Nóbrega, T. P. (org). Epistemolo-gia, saberes e práticas da Educação Física. João Pessoa: Editora Universitária/UFPB.
Mendes, M. I. B. de S., & Nóbrega, T. P. da. (2009). Cultura de movimento: reflexões a partir da relação entre corpo, natureza e cultura. Pensar a Prática, 12(2), 1-10. Recuperado em 03 de outubro de 2022, em https://doi.org/10.5216/rpp.v12i2.6135
Merleau-Ponty, M. (2018). Fenomenologia da Percepção. 5. ed. São Paulo: WMF Martins Fontes.
Minayo, M.C.S. (2013). O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 13. ed. São Paulo: Hucitec.
Nascimento, C.P. (2018). Os significados das atividades da cultura corporal e os objetos de ensino da Educação Física. Movimento, Porto Alegre, 24(2), 677-690, abr./jun. Recuperado em 03 de outubro de 2022, em https://doi.org/10.22456/1982-8918.77157
Neves, M. R. (2018). O currículo cultural de educação física em ação: efeitos nas representações culturais dos estu-dantes sobre as práticas corporais e seus representantes. Dissertação de Mestrado, Faculdade de Educação, Univer-sidade de São Paulo, São Paulo. doi:10.11606/D.48.2019.tde-28112018-160249. Recuperado em 03 de outubro de 2022, em www.teses.usp.br.
Nóbrega, T. P. da ., Andrieu, B., Silva, L. A. N. da ., & Torres, L. S.. (2018). Corpo, expressão e educação na nature-za. Cadernos CEDES, 38(104), 115–128. Recuperado em 10 de outubro de 2022, em https://doi.org/10.1590/CC0101-32622018177914.
Rocha, V. C. da ., & Boggio, P. S.. (2013). A música por uma óptica neurocientífica. Per Musi, (27), 132–140. Recupe-rado em 01 de setembro de 2023, em https://doi.org/10.1590/S1517-75992013000100012.
Silva, M. de L., & Santos, L. A. M. (2011). Cultura e práticas corporais: conteúdos e metodologias para o componente curricular educação física. Scientia Plena, 7(8), 01-09. Recuperado em 10 de outubro de 2022, em https://www.scientiaplena.org.br/sp/article/view/217
Soto, C. A., & Vargas, J. J. L. (2019). Cuerpo, corporeidad y educación: una mirada reflexiva desde la Educación Física. Retos, Nuevas Tendencias en Educación Física, Deporte y Recreación, 35, 413–421. Recuperado em 01 de setem-bro de 2023, em https://doi.org/10.47197/retos.v0i35.62035.
Souza Júnior, M., Barboza, R. de G., Lorenzini, A. R., Guimarães, G., Sayone, H., Ferreira, R. C., Pereira, E. L., França, D., Tavares, M., Lindoso, R. C., & Sousa, F. C. de. (2011). Coletivo de autores: a cultura corporal em questão. Revista Brasileira De Ciências Do Esporte, 33(2), 391–411. Recuperado em 10 de junho de 2023, em https://doi.org/10.1590/S0101-32892011000200008.
Vaz, A. F. (2019). Certa herança marxista no recente debate da Educação Física no Brasil. Movimento, 25, e25069. Recuperado em 15 de setembro de 2023, em https://doi.org/10.22456/1982-8918.96236.
Velozo, E.L. (2009). Cultura de movimento e identidade: a Educação Física na contemporaneidade. 2009. Tese (Dou-torado em Educação Física) – Faculdade de Educação Física, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP: 2009. Recuperado em 10 de outubro de 2022, em http://repositorio.unicamp.br/jspui/handle/REPOSIP/274770 .
Wenetz, I., & Macedo, C. G. (2019). Masculinidade(s) no balé: gênero e sexualidade na infância. Movimento, 25, e25081. Recuperado em 01 de setembro de 2023, em https://doi.org/10.22456/1982-8918.90474.
Wetzel, C. (2005). Avaliação de serviço em saúde mental: a construção de um processo participativo. Tese de Douto-rado, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto. doi:10.11606/T.22.2005.tde-16052007-150813. Recuperado em 03 de outubro de 2022, em www.teses.usp.br
Xavier, L.C. (2014). Práticas corporais desenvolvidas em grupos de idosos vinculados à Secretaria Municipal de Espor-te, Recreação e Lazer de Porto Alegre. Monografia (Graduação em Educação Física) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre. Recuperado em 03 de outubro de 2022, em https://lume.ufrgs.br/handle/10183/116040
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Secção
Licença
Direitos de Autor (c) 2023 Retos
Este trabalho encontra-se publicado com a Licença Internacional Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e assegurar a revista o direito de ser a primeira publicação da obra como licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite que outros para compartilhar o trabalho com o crédito de autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Os autores podem estabelecer acordos adicionais separados para a distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicado na revista (por exemplo, a um repositório institucional, ou publicá-lo em um livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- É permitido e os autores são incentivados a divulgar o seu trabalho por via electrónica (por exemplo, em repositórios institucionais ou no seu próprio site), antes e durante o processo de envio, pois pode gerar alterações produtivas, bem como a uma intimação mais Cedo e mais do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre) (em Inglês).
Esta revista é a "política de acesso aberto" de Boai (1), apoiando os direitos dos usuários de "ler, baixar, copiar, distribuir, imprimir, pesquisar, ou link para os textos completos dos artigos". (1) http://legacy.earlham.edu/~peters/fos/boaifaq.htm#openaccess
