O lazer infanto-juvenil nos espaços públicos de Barcelona

Autores/as

  • Marcos Teodorico Pinheiro de Almeida Universidade Federal do Ceará (UFC)
  • Lúcia Maria Gonçalves Siebra Universidade Federal do Ceará (UFC)

DOI:

https://doi.org/10.7179/PSRI_2015.25.08

Palabras clave:

Lazer, Brincar, Espaço Público.

Resumen

Sabe-se que é de grande importância ter espaços que promovam o resgate da cultura lúdica em grandes cidades da atualidade. As transformações das urbes ocorreram em consequência do desenvolvimento industrial, da urbanização e dos meios de comunicação, sendo responsáveis pela diminuição da transmissão da cultura lúdica entre crianças, adolescentes e adultos. O propósito deste estudo foi de investigar as formas e modelos utilizados para projetar os espaços públicos em Barcelona, destinados ou não ao lazer na cidade, em especial as praças públicas do bairro Vall d’Hebron. A investigação tentou compreender como estes espaços são organizados e, o mais importante, como as crianças e os pré-adolescentes percebem, utilizam e se apropriam dessas praças públicas como espaços para o lazer e o brincar. O artigo apresenta a análise de três espaços públicos, enquadrados na tipologia de praças públicas e que possuem diferentes características. Dentre as praças escolhidas para a investigação, duas se caracterizam como espaços planejados para o lazer e para o brincar (Praça 1: Jardines de Can Brasó e Praça 2: Josep Pallach) e a terceira, ainda que não projetada para estes fins, conta com considerável fluxo de usuários e atividades infanto-juvenis espontâneas (Praça 3: Joan Cornudella). O estudo de caráter qualitativo utilizou-se de observações não participantes e aplicação de questionários estruturados sobre a preferência de praças públicas e sobre o brincar, com sujeitos de8 a 12 anos. Nas praças estudadas a população infanto-juvenil valoriza: os espaços mais amplos para brincar; os companheiros para brincar; situações lúdicas que potencializem suas competências motrizes; a duração do ato lúdico; espaços ou áreas para brincar com segurança e autonomia; o brincar como seus familiares (pai, mãe, avós, etc.) e outros adultos; as ações lúdicas espontâneas; a inclusão, diversidade e o pluralismo das diferentes manifestações lúdicas.

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Biografía del autor/a

Marcos Teodorico Pinheiro de Almeida, Universidade Federal do Ceará (UFC)

Professor da Universidade Federal do Ceará (UFC) do Instituto de Educação Física e Esportes (IEFES). Doutor pela Universidade de Barcelona (UB). Coordenador do programa de extensão: Centro de Estudo sobre Ludicidade e Lazer (CELULA).

Lúcia Maria Gonçalves Siebra, Universidade Federal do Ceará (UFC)

Professora do Departamento de Psicologia da Universidade Federal do Ceará (UFC). Doutora pela Universidade de Barcelona. Pesquisadora do Laboratório de Pesquisa em Psicologia Ambiental (LOCUS).

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Publicado

2014-12-07