Ecociudadanía y educación del consumo alimentario. Buenas prácticas socioeducativas en iniciativas ciudadanas de consumo responsable

Kylyan Marc Bisquert i Pérez; Pablo Ángel Meira Cartea; Adolfo Agúndez Rodríguez

doi:10.7179/PSRI_2023.42.12

Autores

Kylyan Marc Bisquert i Pérez Universidade de Santiago de Compostela https://orcid.org/0000-0002-1264-8678
Pablo Ángel Meira Cartea Universidade de Santiago de Compostela https://orcid.org/0000-0003-0194-7477
Adolfo Agúndez Rodríguez Universidade de Sherbrooke https://orcid.org/0000-0001-9552-9588

DOI:

https://doi.org/10.7179/PSRI_2023.42.12

Palavras-chave:

educação do consumo, dieta, ecocidadania, cultura da sustentabilidade, boas práticas

Resumo

O sistema agroalimentar industrial-globalizado constitui um fator crítico da atual crise socioambiental. Os seus impactos contribuem significativamente a superar os limites biofísicos do planeta e geram profundas fendas de desigualdade, enquanto os objetivos globais de segurança alimentar não são atingidos. Neste contexto, a construção sociocultural da dieta desempenha um papel fundamental num sentido ambivalente: por um lado, pode favorecer a reprodução desse sistema; por outro, pode promover alternativas sob critérios de consumo responsável. Desta forma, torna-se um elemento educativo particularmente importante para promover a transição para sistemas agroalimentares sustentáveis. Neste sentido, no estudo aqui apresentado foram exploradas as boas práticas socioeducativas que desenvolvem as iniciativas cidadãs que dispõem canais e espaços alternativos de consumo responsável de alimentos. Mediante um estudo de casos múltiplos realizado na província da Corunha (Galiza) com a aplicação de 42 entrevistas semiestruturadas, foram analisadas as características gerais de tais iniciativas, sua organização e sua dimensão socioeducativa. Asim mesmo, desde uma abordagem ecocidadã da educação do consumo e desde o marco da cultura da sustentabilidade, foram valorizadas as práticas socioeducativas que as iniciativas analisadas desenvolvem, identificando aquelas suscetíveis de contribuir para a construção de um modelo de educação do consumo alimentar situado nas coordenadas da educação ambiental. Finalmente, a partir do leque de atividades que estas iniciativas apresentam, foram identificadas quatro categorias que congregam o conjunto de boas práticas selecionadas, que constituem valiosas fontes de experiência prática para articular abordagens socioeducativas orientadas a enfrentar a crise socioambiental desde o âmbito agroalimentar.

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Biografias Autor

Kylyan Marc Bisquert i Pérez , Universidade de Santiago de Compostela

Pesquisador pós-doutorado da Universidade de Santiago de Compostela, realizando uma estadia internacional no Centre de recherche en éducation et formation relatives à l’environnement et à l’écocitoyenneté (Centr’ERE) da Université de Québec à Montréal e na Université de Sherbrooke. Membro do Grupo de Pesquisa em Pedagogia Social e Educação Ambiental SEPA-interea. Suas linhas de pesquisa centram-se nas contribrações do movimento social agroecológico para a educação ambiental, na educação do consumo e na educação para as alterações climáticas.

Pablo Ángel Meira Cartea , Universidade de Santiago de Compostela

Professor Titular de Educação Ambiental (EA) na Universidade de Santiago de Compostela. Membro do Grupo de Pesquisa em Pedagogia Social e Educação Ambiental SEPA-interea. A sua investigação centra-se no estudo das bases teóricas da EA, na concepção e avaliação das políticas públicas de EA, nas representações sociais das alterações climáticas e na educação e comunicação para responder à emergência climática. Prêmio María Barbeito de Pesquisa Pedagógica (2009). Diretor do Projeto Resclima (www.resclima.info).

Adolfo Agúndez Rodríguez , Universidade de Sherbrooke

Professor em fundamentos da educação e em metodologia da investigação na Université de Sherbrooke. Membro do Centre de recherche en éducation et formation relatives à l’environnement et à l’écocitoyenneté (Centr’ERE). Seus principais temas de pesquisa estão relacionados ao desenvolvimento do pensamento complexo sobre questões eco-socialmente vivas (meio ambiente, mudança climática, consumo, cosmopolitismo). Neste sentido, a aprendizagem em comunidades de pesquisa é a metodologia privilegiada tanto nos cursos que ensina, como nas pesquisas participantes que coordena.

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