Pole dance: Mais do que esporte. Uma visão da realidade portuguesa

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47197/retos.v47.96021

Palavras-chave:

Pole dance, Motivations, Benefits, Portuguese reality, Sport

Resumo

O pole dance é um esporte com código de pontos, divisões e categorias específicas de competição, regras e sanções. No entanto, existem outras razões além dos esportes que as pessoas procuram e se apegam à dança do poste. Esta modalidade apresenta particularidades que a distinguem de outras práticas desportivas e tem vindo a ganhar cada vez mais espaço no contexto português. Assim, e atendendo a que foram encontrados poucos estudos sobre a realidade portuguesa, esta investigação pretende aprofundar o conhecimento sobre a prática da pole dance em Portugal, conhecendo as motivações que levam as pessoas a iniciarem a prática, os benefícios e as razões para a manterem. . Na recolha de dados, foi dada prioridade ao inquérito por questionário composto por perguntas fechadas e abertas, dirigido às escolas portuguesas de pole dance e à Associação Portuguesa de Varão Desportivo, tendo participado no estudo um total de 99 participantes. Os resultados obtidos, através da análise estatística e da análise de conteúdo, revelaram que os motivos para iniciar esta prática são variados e refletem algum desconhecimento relativamente à modalidade, uma vez que a curiosidade e a vontade de praticar algo novo e que seja disruptivo, surgem como os principais motivos. Quando os benefícios são analisados, surgem ganhos psicológicos, físicos e sociais. Em relação aos motivos para manter a prática do pole dance, o autoaperfeiçoamento se destaca como o principal motivo.
Palavras-chave: Pole dance, motivações, benefícios, realidade portuguesa, desporto.

Referências

Alves, L. A., & Nóbrega, A. (2021). Mas isso é porque as pessoas não sabem o que é o pole dance: Contribuições da avaliação para a análise discursiva de estigmas. Trabalhos em Linguística Aplicada, 59, 2183-2208. Retrieved from https://www.scielo.br/j/tla/a/ZXfj7dKNGN5GYyVkTwxTPbs/?format=pdf&lang=pt

APVD. (2022). Onde praticar Pole Dance em Portugal. Accessed on 21 November 2022, http://www.polesportportugal.org/onde-praticar-pole-em-portugal.html.

Bardin, L. (2004). Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70.

Berger, B. G., & McInman, A. (1993). Exercise and the quality of life. In R. Singer, L. Milledge Murphey & L. Keith Tennant (Eds.), Handbook of research on sport psychology (pp. 729-760). New York: Macmillan.

Camillo, A. (2016). Maypole dancing and other body movements in a neo-pagan Bealtaine ritual in Ireland (Master Thesis, University of Limerick). Retrieved from https://ulir.ul.ie/bitstream/handle/10344/5830/Camillo_2016_Maypole.pdf?sequence=6

Carmo, H., & Ferreira, M. (2008). Metodologia da Investigação–Guia para Auto- aprendizagem (2ª edição). Lisboa: Universidade Aberta.

Clark, V., & Creswell, J. W. (2015). Understanding Research: A consumer’s guide (2ª Ed.). USA: Pearson Education, Inc.

Coutinho, C. (2011). Metodologia de Investigação em Ciências Sociais e Humanas: Teoria e Prática. Lisboa: Almedina.

Dimler, A. J., McFadden, K., & McHugh, T. L. F. (2017). “I kinda feel like wonder woman”: An interpretative phenomenological analysis of pole fitness and positive body image. Journal of Sport and Exercise Psychology, 39(5), 339-351.doi: 10.1123/jsep.2017-0028

Donaghue N., Kurz T., & Whitehead K. (2011). Spinning the pole: A discursive analysis of the websites of recreational pole dancing studios. Feminism & Psychology. 21(4):443-457. doi:10.1177/0959353511424367

Fennell, D. (2022). Pole sports: considering stigma. Sport, Ethics and Philosophy, 16(1), 96-110. doi: 10.1080/17511321.2020.1856914

Fernandez, C. R., & Betancurt, J. O. (2022). Study on the social consideration of women in athletics: Repeating the stereotypes of gender of the 21st century. Retos: nuevas tendencias en educación física, deporte y recreación, (44), 542-550. doi.org/10.47197/retos.v44i0.89690

Global Association of International Sports Federations. (2021). Ipsf pole sports code of points. Retrieved February, 13, 2022 from https://gaisf.sport/about/observers/

Gaya, A., & Cardoso, M. (1998). Os fatores motivacionais para a prática desportiva e suas relações com o sexo, idade e níveis de desempenho desportivo. Revista Perfil. Porto Alegre, 2, 40-52. Retrieved from https://seer.ufrgs.br/index.php/perfil/article/view/77333/pdf

Gonçalves, A. (2021). O esporte pode ser um lugar de cuidado? A prática do pole dance como uma terapia. Esporte e Sociedade, 32, 1-19. Retrieved from https://periodicos.uff.br/esportesociedade/article/view/49485/28778

Guerra, I. (2008). Pesquisa qualitativa e análise de conteúdo – sentidos e formas de uso. Cascais: Principia.

Holland, S. (2010). Pole dancing, empowerment and embodiment. London: Palgrave Macmillan. doi:10.1057/9780230290433

Lores, A., Murcia, J., & Dantas, E. H. (2007). Motivos da prática esportiva de acordo com o nível de competência percebida na idade adulta: um estudo piloto. Motricidade, 3(4), 7-21. doi:10.6063/motricidade.3(4).529

Mattes, V., Lopes, E., & Medeiros, T. (2018). Motivação para prática do pole dance como atividade física por mulheres. Saúde em Revista, 18(49), 93-101. doi:10.15600/2238-1244/sr.v18n49p93-101

Matheson, C., Rimmer, R., & Tinsley, R. (2014). Spiritual attitudes and visitor motivations at the Beltane Fire Festival, Edinburgh. Tourism Management, 44, 16-33. doi:10.1016/j.tourman.2014.01.023

Menéndez, M. I. M. (2020). «You’re made of what you do»: impulso del deporte femenino a través de estrategias de femvertising en Nike. Retos: nuevas tendencias en educación física, deporte y recreación, (38), 425-432. doi.org/10.47197/retos.v38i38.76959

Nicholas, J., Dimmock, J., Donnelly, C., Alderson, J., & Jackson, B. (2018). “It's our little secret… an in-group, where everyone's in”: Females' motives for participation in a stigmatized form of physical activity. Psychology of Sport and Exercise, 36, 104-113. doi: 10.1016/j.psychsport.2018.02.003

Ołpińska-Lischka, M., Kujawa, K., Laudańska-Krzemińska, I., & Maciaszek, J. (2020). Pole dance: A way to boost the sense of sexual attractiveness or body acceptance. Actakinesiologica,14 (2), 61-65. Retrieved from http://actakinesiologica.com/wp-content/uploads/2020/12/09-Olpinska-Lischka-M.-et.-al.pdf

Potvain, M. (2021). «Parce que la-haut, je suis belle et forte» une etude de la pratique recreative de la pole dance en France. Cahiers de sociologie économique et culturelle. Retrieved from https://halshs.archives-ouvertes.fr/halshs-03278666/document

Rosin, R., Bartoluzzi, R., Roncada, C., Tiggemann, C., & Dias, C. (2017). Comparação da força, flexibilidade e resistência de mulheres praticantes de treinamento de força e praticantes de Pole Dance. Rev. bras. ciênc. mov, 25 (3), 18-24. Retrieved from https://docs.bvsalud.org/biblioref/2018/03/880316/comparacao-da-forca-flexibilidade-e-resistencia-de-mulheres-pra_kOx7d3V.pdf

Sharma, R., & Choubey. (2016). M. D. K. Sport of mallakhamb: a traditional game of Indian culture. Indian journal of physical education, sports and applied sciences, 6 (1), 1-10. Retrieved from https://www.researchgate.net/publication/284593605_SPORT_OF_MALLAKHAMB_A_TRADITIONAL_GAME_OF_INDIAN_CULTURE

Soares, C., & Zoboli, F. (2022). Educação do corpo e a prática corporal do pole dance: Sobre Alavancas de força e (Des) equilíbrios de um Corpo Mulher. Journal of research and knowledge spreading, 3(1), 3276-3276. doi: 10.20952/jrks3113276

Weaving, C. (2020). Sliding up and down a golden glory pole: Pole dancing and the Olympic games. Sport, Ethics and Philosophy, 14(4), 525-536. doi: 10.1080/17511321.2020.1756903

Whitehead, K & Kurz, T. (2009). `Empowerment’ and the Pole: A Discursive Investigation of the Reinvention of Pole Dancing as a Recreational Activity. Feminism & Psychology. 19(2), 224-244. doi:10.1177/0959353509102218

Downloads

Publicado

2023-01-02

Como Citar

Sousa, J., & Oliveira, L. (2023). Pole dance: Mais do que esporte. Uma visão da realidade portuguesa. Retos, 47, 1046–1054. https://doi.org/10.47197/retos.v47.96021

Edição

Secção

Artigos de caráter científico: trabalhos de pesquisas básicas e/ou aplicadas.