A reforma e o laço social: reflexões a propósito dos encontros e desencontros da transição
DOI:
https://doi.org/10.7179/PSRI_2017.30.11Palavras-chave:
Gerontologia, envelhecimento, reforma, discriminação etáriaResumo
A saída formal do mercado de trabalho, por via da Reforma, é um momento que provoca alterações significativas nos ritmos e na organização do quotidiano. Esta constatação justifica uma reflexão sobre o seu impacto na vida das pessoas e sobre os preconceitos e es-tereótipos que acabam por lhe estar associados. Este trabalho teve como objetivo compreen¬der o modo como a transição para a reforma afetou a vida das pessoas que participaram no estudo, à luz da teoria do “Laço Social”, proposta por Serge Paugam (2008). A análise recaiu sobre a experiência da reforma considerando as duas dimensões do Laço Social, propostas pelo autor —a proteção e o reconhecimento—, bem como as implicações que a reforma teve para estas pessoas nos quatro tipos de Laço Social que apresenta. Este trabalho sustentou-se num paradigma interpretativo da realidade, tendo sido realizadas seis entrevistas semiestru¬turadas a pessoas reformadas, que foram posteriormente submetidas a uma análise de con¬teúdo aprofundada.Concluiu-se que enquanto o laço de participação orgânica é fragilizado com a entrada na reforma, os outros três tipos de laço social acabaram por se reforçar com esta transição, nomeadamente o Laço de Filiação, o Laço de Participação Eletiva e o Laço de Cidadania, ainda que com expressões diversificadas. Neste texto evidenciam-se ainda os debates relativamente à reforma e aos preconceitos e estereótipos associados à velhice e ao envelhecimento como preocupações atuais para a Pedagogia Social
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